Avaliação da ação anti-inflamatória dos compostos dafnetina, 4-metilesculetina e piperlongumina no modelo de inflamação intestinal induzida por DSS em camundongos
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Data
2024-07-10
Autores
Orientador
Luiz Cláudio Di Stasi
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Botucatu - IBB - Ciências Biomédicas
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
A Doença Inflamatória Intestinal (DII), representada pela Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa, constitui um quadro de inflamação crônica do trato gastrointestinal e não possui tratamento farmacológico definitivo por sua etiologia complexa e multifatorial, na qual os fatores de risco ambientais, genéticos e imunológicos são associados ao desencadeamento de uma resposta inflamatória exacerbada, relacionada ao estresse oxidativo e disbiose. A microbiota intestinal, em disbiose, não produz de maneira equilibrada metabólitos fundamentais para a proteção da mucosa intestinal, como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Isso pode gerar alterações da resposta imunológica e disfunções da barreira intestinal, influenciando no desenvolvimento ou piora da DII. A dafnetina e a 4-metilesculetina, derivados cumarínicos, possuem alto valor farmacológico e ação antioxidante, ao inibir a geração de espécies reativas e aumentar a produção de mediadores antioxidantes endógenos. A piperlongumina, alcaloide piperínico, é capaz de reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias. Nesse sentindo, buscou-se avaliar a ação anti-inflamatória das substâncias e determinar se agem na melhora da resposta farmacológica no controle do processo inflamatório. Para isso, camundongos C57/BL6 foram divididos aleatoriamente em grupos experimentais (n=8-10) e receberam oralmente DSS 3% por 6 dias para indução da inflamação intestinal, juntamente com os tratamentos, sendo dafnetina (5 mg/Kg), 4-metilesculetina (5 mg/kg) e piperlongumina (10 mg/Kg). Para comparação, incluiu-se grupos branco e controle (n=9). Parâmetros clínicos e análises bioquímicas foram avaliados. Foi realizada a quantificação dos ácidos graxos acetato, butirato e propionato através de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Os dados foram comparados considerando p<0,05 e apresentados como média±E.P.M. O DSS resultou em inflamação intestinal aguda nos grupos controle e tratados pela perda de peso, sangramento retal e diarreia observadas. Os tratamentos não obtiveram melhora significativa em relação ao Índice de Atividade da Doença, comparados ao controle. Todos os tratamentos reduziram os níveis de mieloperoxidase (Branco 74,13±3,90; Controle 120,4±10,09; DAF 82,58±6,46; 4-ME 88,06±5,73; PL 89,05±5,95) e apenas a piperlongumina aumentou os níveis de glutationa (Branco 1112±88,04; Controle 435±54,85; PL 761,9±15,73). A quantificação de AGCCs não apresentou resultados determinantes. Portanto, conclui-se que de acordo com mediadores bioquímicos, as substâncias possuem ação anti-inflamatória, com a piperlongumina apresentando melhor potencial dentre os testes, sendo promissora para futuros estudos.
Resumo (inglês)
Inflammatory bowel disease (IBD), represented by Crohn's disease and ulcerative colitis, is a condition of chronic inflammation of the gastrointestinal tract and has no definitive pharmacological treatment due to its complex and multifactorial etiology, in which environmental, genetic and immunological risk factors are associated with the triggering of an exacerbated inflammatory response, related to oxidative stress and dysbiosis. In dysbiosis, the intestinal microbiota does not produce metabolites that are fundamental for protecting the intestinal mucosa, such as short-chain fatty acids (SCFA), in a balanced way. This can lead to alterations in the immune response and dysfunction of the intestinal barrier, influencing the development or worsening of IBD. Daphnetin and 4-methylesculetin, coumarin derivatives, have high pharmacological value and antioxidant action by inhibiting the generation of reactive species and increasing the production of endogenous antioxidant mediators. Piperlongumine, a piperine alkaloid, is capable of reducing the production of pro-inflammatory cytokines. In this context, we sought to evaluate the anti-inflammatory action of these substances and determine whether they improve the pharmacological response in controlling the inflammatory process. Fo this, C57/BL6 mice were randomly divided into experimental groups (n=8-10) and given 3% DSS orally for 6 days to induce intestinal inflammation, along with the treatments daphnetin (5 mg/Kg), 4-methylesculetin (5 mg/kg) and piperlongumine (10 mg/Kg). Healthy and control groups (n=9) were included for comparison. Clinical parameters and biochemical analyses were evaluated. The fatty acids acetate, butyrate and propionate were quantified using gas chromatography coupled with mass spectrometry. Data were compared considering p<0.05 and presented as mean±S.P.M. DSS resulted in acute intestinal inflammation in the control and treated groups due to the observed weight loss, rectal bleeding and diarrhea. The treatments did not achieve a significant improvement in the Disease Activity Index compared to the control. All treatments reduced myeloperoxidase levels (Healthy 74.13±3.90; Control 120.4±10.09; DAPH 82.58±6.46; 4-ME 88.06±5.73; PL 89.05±5.95) and only piperlongumine increased glutathione levels (Healthy 1112±88.04; Control 435±54.85; PL 761.9±15.73). The quantification of SCFAs did not show any decisive results. Therefore, it can be concluded that according to biochemical mediators, the substances have anti-inflammatory action, with piperlongumine showing the best potential among the tests and being promising for future studies.
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Idioma
Português