Os épicos-míticos: a construção das narrativas históricas fílmicas de Hollywood (2010-2014)
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Data
2024-12-02
Autores
Orientador
Rossi, Andrea Lúcia Dorini de Oliveira Carvalho
Coorientador
Pós-graduação
História - FCHS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Para compreender a narrativa histórica do épico-mítico contemporâneo, a presente tese analisa cinco filmes sobre a mitologia grega e que são encenados no mundo grego antigo: Fúria de Titãs (2010, dir. Louis Leterrier), Imortais (2011, dir. Tarsem Singh), Fúria de Titãs 2 (2012, dir. Jonathan Liebesman), Hércules (2014, Renny Harlin) e Hércules (2014, Brett Ratner). Independente da intencionalidade de provocar historicidade ou evitá-la, os filmes utilizam de elementos que remetem ao passado, construindo de forma intrínseca a trama e tornando difícil separá-los. Para isso utiliza-se das categorias da História Monumental, Antiquária e Ética-Crítica, proposta por Friedrich Nietzsche e aplicada ao cinema épico por Gilles Deleuze, para compreender como os filmes recepcionam a antiguidade e levam aos espectadores possibilidades de interpretações históricas que mescla passado e presente em sua tessitura. A partir do campo de estudos cinematográficos, através da compreensão teórica com Christian Metz, da indústria de Hollywood pós-197, a compreensão do gênero épico, de ação-blockbuster e do novo peplum, defende-se que esse grupo de filmes constituem um sub-gênero, o épico-mítico, com características semelhantes da recepção da antiguidade. Na intersecção com os campos da história antiga, da recepção e do cinema, analisa-se o corpus documental encarando os filmes como importantes na recepção e na construção do imaginário sobre a história grega antiga e a mitologia grega, sendo necessário analisar e compreender essas fontes fílmicas em suas especificidades.
Resumo (inglês)
To understand the historical narrative of the contemporary epic-mythic, this thesis analyzes five films about Greek mythology that are set in the ancient Greek world: Clash of the Titans (2010, dir. Louis Leterrier), Immortals (2011, dir. Tarsem Singh), Wrath of the Titans (2012, dir. Jonathan Liebesman), Hercules (2014, dir. Renny Harlin), and Hercules (2014, dir. Brett Ratner). Regardless of their intentionality to evoke historicity or avoid it, the films use elements that reference the past, constructing the plot intrinsically and making it challenging to separate them. To achieve this, it is used Friedrich Nietzsche's categories of Monumental, Antiquarian, and Ethical-Critical History, applied to epic cinema by Gilles Deleuze, to examine how these films receive antiquity and offer viewers interpretive possibilities that bring together past and present. From the field of film studies, with theoretical comprehension from Christian Metz, post-1970s Hollywood cinema and understandings of the epic, action-blockbuster, and new peplum genres, this thesis argues that these films form a subgenre, the epic-mythic, with similar features in their reception of antiquity. At the intersection of the fields of ancient history, reception studies and cinema, this documentary corpus is analyzed by considering these films as essential to the reception and construction of the imaginary around ancient Greek history and mythology, being necessary to analyze and understand these cinematic sources in their specificity.
Resumo (francês)
Afin de mieux comprendre le récit historique de l’épique-mythique contemporain, cette thèse analyse cinq films sur la mythologie grecque, qui sont joués dans le monde grec ancien: Le choc des Titans (2010, réalisateur Louis Leterrier), Les immortels (2011, réalisateur Tarsem Singh), La colère des Titans II (2012, réalisateur Jonathan Liebesman), La légende d'Hercule (2014, Renny Harlin) et Hercule (2014, Brett Ratner). Indépendamment de l'intention d'évoquer l'histoire ou de la contourner, les films utilisent des éléments qui font référence au passé, en construisant intrinsèquement l'intrigue et les rendant difficiles à séparer. Pour cette raison, nous utilisons les catégories de l'Histoire Monumentale Ancienne et Éthique-Critique, proposées par Friedrich Nietzsche et appliquées au cinéma épique par Gilles Deleuze, afin de comprendre comment les œuvres audiovisuelles accueillent l'antiquité et offrent aux spectateurs les possibilités d'interprétations historiques, qui mélangent le passé et le présent dans son organisation. En s’appuyant sur les études cinématographiques, par la compréhension théorique, notamment les études de Christian Metz, de l'industrie hollywoodienne après 1970 ainsi que sur la connaissance des genres épiques, du blockbuster d’action et du néo-péplum, nous défendons l'idée que ce groupe de films représentent un sous-genre, l'épique-mythique, dont les caractéristiques ressemblent à l'accueil de l’Antiquité. À l'intersection entre les domaines de l'histoire ancienne, de la réception et du cinéma, on analyse le corpus en considérant les films importants dans la réception ainsi que dans la construction d'un imaginaire sur l'histoire grecque ancienne et de la mythologie grecque, il est nécessaire d’analyser et de comprendre ces sources filmiques dans leur spécificité.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português
Como citar
NOGUEIRA, Abner Alexandre. Os épicos-míticos: a construção das narrativas históricas fílmicas de Hollywood (2010-2014). 2025. 214 f. Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras, 2024.