Publicação: Efeito agudo da estimulação periférica mecânica automatizada combinada ao exercício físico na locomoção em indivíduos com doença de Parkinson
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Data
Autores
Orientador
Barbieri, Fabio Augusto 

Coorientador
Pós-graduação
Ciências do Movimento - FC
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A doença de Parkinson (DP) é a enfermidade principal para a desordens do movimento. Dentre os sintomas motores da DP a bradicinesia e a rigidez muscular os mais incapacitantes para a locomoção fazendo com que o paciente apresente uma menor velocidade da marcha, redução do comprimento do passo e aumento da cadência (i.e., o que pode levar a episódios de quedas). O tratamento medicamentoso atualmente é o mais indicado para essa população, mas apresenta seus efeitos colaterais (i.e., alucinações e flutuações), dessa forma necessitando de tratamentos complementares, a fim de melhorar locomoção de pacientes DP. Tanto o exercício físico como a estimulação periférica mecânica automatizada (AMPS) apresentam-se como tratamentos complementares efetivos para a locomoção em pacientes com DP. Entretanto, estas estratégias de forma isolada parecem ser pouco eficientes na estabilidade (i.e., largura do passo ou duração do duplo suporte) e em aspectos temporais (i.e., duração do passo) da marcha. Considerando que ambas as estratégias promovem adaptações funcionais no sistema nervoso central é plausível argumentar que a aplicação em conjunto da AMPS e do exercício físico podem promover adaptações mais efetivas em relação a utilização destas estratégias de maneira isolada, provocando benefícios em componentes da locomoção que não são atingidos na aplicação isolada dessas estratégias. Para responder essas perguntas foram realizados dois estudos. Para o estudo 1 foi realizado uma revisão da literatura com metanálise da literatura com o objetivo de realizar uma síntese da literatura sobre os efeitos da AMPS, sobre seus efeitos de maneira aguda na locomoção de pacientes com DP utilizando o o modelo PRISMA. Os resultados revelaram que a AMPS pode não apresentar alterações significativas na marcha de maneira aguda, entrando em discordancia com a literatura vigente. Entretanto ainda necessita de mais investigações a respeito desse tratamento inovador. Para o estudo 2 foi realizado um projeto experimental comparando os efeitos agudos da AMPS associada ao exercício com os efeitos do exercício físico isolado sobre a marcha em pessoas com DP idiopática. Foram recrutados 15 indivíduos com DP que foram submetidos a aplicações de AMPS, AMPS mais exercício e exercício isolado, de maneira aleatória e cruzada. Foi realizada a avaliação da marcha por meio do sistema de aquisição de dados da Vicon Motion System® com 10 câmeras (Bonita System Cameras) com frequência de coleta de 200 Hz. Como resultados, foi observado que apenas o protocolo de exercício físico apresentou melhorias significativas na marcha quando comparados com a AMPS isolada e a combinação dos estímulos. Esses resultados sugerem que a AMPS não parece ser tão eficazes para a marcha, mesmo combinada ao exercício físico. Ainda, os resultados apontam que o exercício físico é uma estratégia eficaz para melhorar a locomoção de pessoas com DP. O não efeito positivo da combinação da AMPS e exercício físico pode ser explicado pela concorrência dos efeitos neurais entre a AMPS e exercício físico. Como método de tratamento clínico o protocolo de exercício físico em esteira, apresenta resultados promissores para a reabilitação de pessoas com DP.
Resumo (inglês)
Parkinson's disease (PD) is the leading cause of movement disorders. Among the motor symptoms of PD, bradykinesia and muscle rigidity are the most disabling for locomotion, causing the patient to present a lower gait speed, reduction in step length and increase in cadence (i.e., which can lead to episodes of falls). Drug treatment is currently the most indicated for this population, but it has its side effects (ie, hallucinations and fluctuations), thus requiring complementary treatments in order to improve locomotion in PD patients. Both physical exercise and automated mechanical peripheral stimulation (AMPS) are effective complementary treatments for locomotion in patients with PD. However, these strategies comprehensively seem to be ineffective in gait stability (i.e., step width or duration of double support) and temporal aspects (i.e., step duration). Considering that both strategies promote functionalities in the central nervous system, it is plausible to argue that the joint application of AMPS and physical exercise can promote more effective use of these strategies in an educational way, generating benefits in components of locomotion that are not achieved in the basic application of these strategies. To answer these questions, two studies were carried out. For study 1, a literature review and meta-analysis of the literature were carried out with the objective of performing a literature synthesis on the effects of AMPS, on its acute effects on the locomotion of patients with PD using the PRISMA model. The results revealed that the AMPS may not present changes in gait in an acute way, disagreeing with the current literature. However, there is still a need for more study regarding this innovative treatment. For study 2, an experimental design was carried out comparing the acute effects of AMPS associated with exercise with the effects of physical exercise alone on gait in people with idiopathic PD. Fifteen individuals with PD were recruited who were authorized to apply AMPS, AMPS plus exercise, and isolated exercise, in a randomized and crossed fashion. Gait was evaluated using the Vicon Motion System® data acquisition system with 10 cameras (Bonita System Cameras) with a collection frequency of 200 Hz. As a result, it was observed that only the physical exercise protocol showed significant improvements in gait when compared with the educational AMPS and the combination of stimuli. These results suggest that AMPS does not seem to be as effective for gait, even combined with physical exercise. Still, the results indicate that physical exercise is an effective strategy to improve the locomotion of people with PD. The non-positive effect of the combination of AMPS and physical exercise can be explained by the competition of neural effects between AMPS and physical exercise. As a clinical treatment method, the physical exercise protocol on a treadmill presents promising results for the rehabilitation of people with PD.
Descrição
Palavras-chave
Doença de Parkinson, Exercício físico, Marcha, Estimulação periférica, Parkinson's disease, Exercise, Gait, Peripheral, Sstimulation
Idioma
Português