Publicação: Críticas e alternativas da ecologia feminista ao parto e à reprodução social na sociedade capitalista
Carregando...
Arquivos
Data
Autores
Orientador
Souza, Angelita Matos 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ecologia - IB
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A dominação e domesticação da natureza e das mulheres é um tema estudado há décadas por teóricas do ecofeminismo. Demonstrando de forma didática a relação mulher-natureza, as integrantes desse movimento se encarregam de evidenciar como a perpetuação de certos ideais – como o de as mulheres serem mais semelhantes e próximas à natureza e, portanto, necessárias de intervenção – pela sociedade se faz essencial à manutenção do sistema capitalista patriarcal, assim como à reprodução social. Nesse contexto, a gestação, o parto e o puerpério consistem em elementos- chave no processo de dominação feminina e das capacidades reprodutivas de indivíduos do sexo feminino, e a medicalização obstétrica assume importante papel, pois usurpa o protagonismo do parto e o transfere aos médicos. Paralelamente a isso, é possível observar o contínuo processo de medicalização e industrialização do parto, fenômeno essencialmente natural e fisiológico, mas que passa por severas modificações a partir da inserção masculina nesse cenário, que se dá essencialmente a partir do evento histórico da caça às bruxas. Sabendo da escassez acadêmica que relacione a Ecologia a assuntos como o da esfera do parto e da reprodução social, o presente trabalho propõe uma revisão bibliográfica por meio de artigos majoritamente feministas e ecofeministas referente ao parto e reprodução social no capitalismo, a fim de fomentar a construção e discussão dessa temática no campo ecológico e ambiental. Os trabalhos já realizados e aqui estudados demonstram uma clara conexão entre o tema proposto com a área da ecologia, ao mesmo tempo que apontam a já mencionada carência de estudos aprofundados que os correlacione.
Resumo (inglês)
The domination and domestication of nature and women has been a topic studied for decades by ecofeminism theorists. Demonstrating in a didactic way the woman-nature relationship, the members of this movement are responsible for highlighting how the perpetuation of certain ideals - such as that of women being more similar and closer to nature and, therefore, necessary for intervention - by society is essential to the maintenance of the patriarchal capitalist system, as well as social reproduction. In this context, pregnancy, childbirth and the puerperium are key elements in the process of female domination and the reproductive capacities of female individuals, and obstetric medicalization assumes an important role, as it usurps the role of childbirth and transfers it to physicians. . Parallel to this, it is possible to observe the continuous process of medicalization and industrialization of childbirth, an essentially natural and physiological phenomenon, but which undergoes severe changes from the male insertion in this scenario, which occurs essentially from the historical event of “witch hunt”. Knowing the academic scarcity that relates Ecology to issues such as the sphere of childbirth and social reproduction, the present work proposes a bibliographic review through mostly feminist and ecofeminist articles referring to childbirth and social reproduction in capitalism, in order to promote the construction and discussion of this theme in the ecological and environmental field. The works already carried out and studied here demonstrate a clear connection between the proposed theme and the area of ecology, at the same time pointing out the aforementioned lack of in-depth studies that correlate them.
Descrição
Palavras-chave
Parto, Ecofeminismo, Comunismo e ecologia, Humanização na saúde, Childbirth, Social reproduction, Nature, Obstetric violence, Ecofeminism, Humanization, Critical environmental education
Idioma
Português