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Publicação:
Viagens entre silêncios e conversas: denúncia e resistência em Vidas secas e Conversazione in Sicilia

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Orientador

Ramos, Maria Celeste Tommasello

Coorientador

Pós-graduação

Letras - IBILCE

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O presente estudo propõe uma análise comparatista das obras Vidas secas (1938), de Graciliano Ramos e Conversazione in Sicilia (1941), de Elio Vittorini, a partir de um olhar interpretativo de como a Literatura pode desempenhar, por meio da viagem, nos respectivos romances, um papel de denúncia e resistência. A ênfase está na análise dos pontos convergentes e divergentes utilizados pelos autores na veiculação de suas narrativas sem, contudo, deixar de verificar a relação temática construída pelos sujeitos e o mundo representados, seja no contexto italiano, seja no brasileiro. Dessa forma, tal relação é marcada pelo costume de vida simples em um local árido e subdesenvolvido, que caracteriza os espaços descritos: o sertão nordestino brasileiro e o sul da península itálica, de modo que seus autores apontam particularidades culturais, econômicas, sociais e políticas que são peculiares aos espaços retratados, mas que podem se tocar apesar da distância geográfica, principalmente no percurso de homens esquecidos e massacrados pelas autoridades dominantes. Para guiar nossas reflexões, baseamo-nos principalmente nos estudos de Candido (1976, 1989, 1992 e 2009), Bosi (1995, 1996, 2002, 2003 e 2013), Carvalhal (2006), Rosenfeld (1985 e 2009), Gagnebin (2006), Panicali (1994), Squarotti (1987) e Facioli (1987), entre outros, com o objetivo de compreender como essas duas vozes, entre as décadas de 1930 e 1940, fizeram soar em seus textos questões com resíduos e rastros homólogos em muitos momentos, como o caminhar de Silvestro em direção à e por sua terra natal e a viagem de Fabiano com sua família pelo sertão, à procura de um lugar melhor. A nosso ver, o deslocamento retratado nessas viagens pode representar denúncia em relação às sociedades opressoras e, ao mesmo tempo, resistência.

Resumo (português)

The present study proposes a comparative analysis of Gracialiano Ramos’ Vidas secas (1938) and Elio Vittorini’s Conversazione in Sicilia (1941), from an interpretative perspective of how Literature, through travel, can play a role of denunciation and resistance. The emphasis is on the analysis of the convergent and divergent points used by the authors in their narratives and the verification of the thematic relationship constructed by the subjects and the world represented, whether in the Italian or in the Brazilian contexts. Thus, this relationship is marked by the simple habit of living in an arid and underdeveloped place that characterizes the spaces described: the Brazilian Northeastern backlands and the south of the Italian peninsula, so that their authors point out cultural, economic, social and political particularities from the spaces portrayed, but which can be approximated in spite of the geographic distance, especially in the path of men forgotten and massacred by the dominant authorities. In order to guide our reflections, we are mainly based on the studies of Candido (1976, 1989, 1992 e 2009), Bosi (1995, 1996, 2002, 2003 e 2013), Carvalhal (2006), Rosenfeld (1985 e 2009), Gagnebin (2006), Panicali (1994), Squarotti (1987) and Facioli (1987), among others, in order to understand how these two voices during the 1930s and 1940s expressed issues with homologous residues and traces in many moments, such as the walk, from Silvestro to and through his native land, and the trip of Fabiano with his family through the sertão, looking for a better place to live. The displacements shown in those travels portray both denunciation and resistance in oppresive societies.

Resumo (inglês)

Questo studio propone un'analisi comparativa delle opere Vidas secas (1938), di Graciliano Ramos e Conversazione in Sicilia (1941), di Elio Vittorini, che propone uno sguardo interpretativo di come la Letteratura può manifestare, attraverso il viaggio, nei romanzi studiati, un ruolo di denuncia e resistenza. L'enfasi è posta sull'analisi dei punti convergenti e divergenti utilizzati dagli autori nella trasmissione delle loro narrative senza, tuttavia, smettere di controllare la relazione tematica costruita dai soggetti e dal mondo rappresentato, sia nel contesto italiano che nel brasiliano. Così, un tale rapporto è segnato dalla semplice abitudine di vita in un luogo arido e non sviluppato, che caratterizza gli spazi descritti: il secco nordest brasiliano e l’arido sud della penisola italiana, in modo che i loro autori sottolineano particolarità culturali, economiche, sociali e politiche che sono peculiari degli spazi ritratti, ma che sono simile nonostante la distanza geografica, specialmente nella vita degli uomini dimenticati e massacrati dalle autorità dominanti. Per guidare le nostre riflessioni, ci basiamo principalmente sugli studi di Candido (1976, 1989, 1992 e 2009), Bosi (1995, 1996, 2002, 2003 e 2013), Carvalhal (2006), Rosenfeld (1985 e 2009), Gagnebin (2006), Panicali (1994), Squarotti (1987) e Facioli (1987), tra altri studiosi, allo scopo di comprendere come queste due voci, tra gli anni 1930 e 1940, hanno rappresentato nei suoi testi problemi con residui e tracce simili in molti momenti, come il viaggio di Silvestro verso e attraverso la regione in cui è nato e il viaggio di Fabiano con sua famiglia attraverso il sertão brasiliano, alla ricerca di un posto migliore. Dal nostro punto di vista, lo spostamento rappresentato in questi viaggi può rappresentare la denuncia di società oppressive e, allo stesso tempo, simboleggia la resistenza.

Descrição

Palavras-chave

Elio Vittorini, Graciliano Ramos, Vidas secas, Conversazione in Sicilia, Literatura Comparada, caminhar, Comparative Literature, walk, Letteratura Comparata, camminare

Idioma

Português

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