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Informações contidas nos vídeos sobre dor lombar em redes sociais seguem as recomendações das diretrizes clínicas de reabilitação?

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Orientador

Navega, Marcelo Tavella

Coorientador

Marques, Nise Ribeiro

Pós-graduação

Desenvolvimento Humano e Tecnologias - IB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Dor lombar é a condição musculoesquelética que mais gera incapacidade no mundo, onde estima-se que mais de oitenta porcento da população mundial experimentará pelo menos um episódio ao longo da vida. Todavia, fisioterapeutas acabam não seguindo as recomendações contidas nas diretrizes de prática clínica para dor lombar, alegando falta de tempo e pouco entendimento científico e estatístico. Tais dificuldades levam o clínico a procurar informação em mídias sociais, como Youtube®, Instagram® e TikTok®, as quais não há uma norma de regulamentação para a publicação. Devido ao risco de informação falsa em saúde contida nessas mídias, estudos são necessários para identificar a qualidade das postagens e indicar se as mídias sociais são bases de atualização profissional e informação ao paciente. Os objetivos do estudo foram: 1) caracterizar e identificar as informações sobre o diagnóstico e tratamento da dor lombar no Youtube®, Instagram® e TikTok® ;2) identificar a concordância de informações entre examinadores na análise dos vídeos do Youtube® sobre avaliação e tratamento da dor lombar, baseado nas recomendações sugeridas nas diretrizes de prática clínica; 3) Propor e analisar um modelo de análise de confiabilidade interexaminador para avaliar a veracidade da informação contida nos vídeos de dor lombar no Youtube® . Trata-se de um estudo transversal do tipo caso-controle que buscou nas três mídias sociais postagens sobre dor lombar em português, inglês e espanhol. Três avaliadores independentes selecionaram as cem primeiras postagens visualizadas após a busca, onde foram analisadas as postagens de 2018 a 2023 selecionadas em comum entre os três. A classificação do conteúdo quanto ao diagnóstico e tratamento da dor lombar foram divididos nas categorias ruim, aceitável e bom quando comparados com as recomendações das diretrizes de prática clínica atuais. Foram analisados 115 vídeos do Youtube®, onde 76,52% tinham como objetivo informar sobre as intervenções de tratamento. Acerca das recomendações de diagnóstico e tratamento, ambas foram consideradas ruins quando comparadas com as diretrizes. Quanto ao Instagram®, foram analisadas 54 publicações, onde 85,19% abordavam sobre as intervenções de tratamento, mas também consideradas ruins para recomendar ao público sobre diagnóstico e tratamento da lombalgia. Quanto ao TikTok®, foram analisadas 116 postagens, onde 89,66% do conteúdo informava sobre intervenções de tratamento. Todas as postagens avaliadas tiveram o conteúdo classificado como ruim para recomendações de diagnóstico e tratamento da dor lombar. A concordância entre os examinadores foi boa para as características analisadas nos vídeos do Youtube®. As mídias sociais não são uma boa fonte para obtenção de informação acerca da avaliação e tratamento de dor lombar. O modelo de análise de confiabilidade interexaminador proposto pelo estudo é confiável para determinar a veracidade da informação contida nos vídeos de dor lombar no Youtube®, onde mostra também a falta de informações precisas disseminadas pelos comunicadores. O estudo também confirma que as redes sociais não são um bom meio para profissionais se atualizarem a buscarem informações quanto à avaliação e tratamento da dor lombar.

Resumo (inglês)

Low back pain is the musculoskeletal condition that causes the most disability in the world, with an estimated eighty percent of the world's population experiencing at least one episode over the course of their lives. However, physical therapists often fail to follow the recommendations contained in the clinical practice guidelines for low back pain, citing lack of time and little scientific and statistical understanding. Such difficulties lead clinicians to seek information on social media, such as YouTubeTM, InstagramTM, and TikTokTM, which do not have a regulatory standard for publishing. Due to the risk of false health information contained in these media, studies are needed to identify the quality of posts and indicate whether social media are bases for professional updating and patient information. The objectives of the study were: 1) to characterize and identify information about the diagnosis and treatment of low back pain on YouTubeTM, InstagramTM, and TikTokTM; 2) to identify the agreement of information between examiners in the analysis of YouTubeTM videos on the evaluation and treatment of low back pain, based on the recommendations suggested in the clinical practice guidelines; 3) To propose and analyze an inter-rater reliability analysis model to assess the veracity of the information contained in low back pain videos on YouTubeTM. This is a cross-sectional case-control study that searched for posts about low back pain in Portuguese, English, and Spanish on three social media platforms. Three independent evaluators selected the first hundred posts viewed after the search, where the posts from 2018 to 2023 selected in common among the three were analyzed. The content classification regarding the diagnosis and treatment of low back pain was divided into the categories poor, acceptable, and good when compared to the recommendations of current clinical practice guidelines. A total of 115 YouTubeTM videos were analyzed, of which 76.52% aimed to inform about treatment interventions. Regarding the recommendations for diagnosis and treatment, both were considered poor when compared to the guidelines. Regarding InstagramTM, 54 posts were analyzed, of which 85.19% addressed treatment interventions, but were also considered poor for recommending to the public about the diagnosis and treatment of low back pain. Regarding TikTokTM, 116 posts were analyzed, where 89.66% of the content provided information about treatment interventions. All posts evaluated had their content classified as poor for recommendations on the diagnosis and treatment of low back pain. Inter-rater agreement was good for the characteristics analyzed in the YouTubeTM videos. Social media is not a good source for obtaining information about the evaluation and treatment of low back pain. The inter-rater reliability analysis model proposed by the study is reliable for determining the veracity of the information contained in low back pain videos on YouTube®, where it also shows the lack of accurate information disseminated by communicators. The study also confirms that social media is not a good way for professionals to update themselves and seek information about the evaluation and treatment of low back pain.

Descrição

Palavras-chave

Dor lombar, Desinformação, Diretriz de prática clínica, Mídias sociais, Low back pain, Desinformation, Clinical practice guideline, Social media

Idioma

Português

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