Publicação: Análise de vetores de impedância bioelétrica de mulheres idosas envolvidas em programas de treinamento resistido: adaptações agudas e crônicas
Carregando...
Data
Autores
Orientador
Gobbo, Luís Alberto 

Coorientador
Pós-graduação
Ciências do Movimento - FCT
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A análise de impedância bioelétrica (BIA) tem sido amplamente utilizada para avaliação da composição corporal. Entretanto, os valores de resistência e reatância produzidos permitem informações complementares importantes, incluindo abordagens baseadas na análise de vetores de impedância bioelétrica (BIVA) e do ângulo de fase (AnF). Tais informações podem contribuir, sobretudo, para análise do quadro clínico de idosos. Dois experimentos foram conduzidos para análise dos efeitos agudos e crônicos do treinamento resistido (TR) sobre a BIVA e AnF em mulheres idosas. O primeiro experimento foi conduzido de forma aguda, ou seja, a partir da análise do comportamento dos dados brutos de BIA em uma única sessão de TR. As medidas foram coletadas em 34 mulheres idosas treinadas, em diferentes momentos, a saber: linha de base, imediatamente após a sessão de TR, 15, 30, 45 e 60 min após o termino da sessão e, ainda, após 48 h. Os parâmetros brutos analisados foram resistência (R), reatância (Xc), impedância (Z), bem como os valores ajustados pela estatura (E). No segundo experimento, 103 participantes foram aleatorizadas em grupo controle (GC = 51) e grupo treinamento (GT = 52). Em ambos os experimentos o programa de TR foi composto por oito exercícios para os diferentes segmentos corporais (membros superiores, tronco e membros inferiores), os quais foram executados a uma frequência de três sessões semanais, em dias alternados. No primeiro experimento os exercícios foram executados em três séries de 8-12 repetições máximas (RM), enquanto no segundo os exercícios foram executados em três séries de 10-15 RM na primeira etapa e 8-12 RM na segunda. O AnF e a BIVA foram adotados como desfechos primários. Adicionalmente, a força muscular, composição corporal, aptidão funcional e comportamento metabólico foram os desfechos secundários analisados na linha de base, após 12 e 24 semanas de intervenção no segundo experimento. No primeiro experimento, de acordo com a BIA de corpo inteiro, reduções significantes (P < 0,05) nos valores de R, R/E e Z de corpo inteiro foram encontradas imediatamente após a sessão de treino (R = -3,5%; R/E = -3,4%; Z = -3,4%). Valores similares aos revelados em repouso foram identificados após 30 min do encerramento da sessão de TR (P > 0,05). Já para a BIA localizada (L-BIA), os valores de RL e ZL reduziram (P < 0,05) imediatamente após a sessão de TR (RL = -6,6%; ZL = -6,8%) e permaneceram reduzidos mesmo após 60 min. Os parâmetros XcL e AnFL não sofreram alterações significantes após a sessão de TR (P > 0,05). Todos os parâmetros da L-BIA na avaliação após 48 h foram similares aos valores em repouso, na linha de base (P > 0,05). Já no segundo experimento, alterações no AnF (P < 0,001) foram reveladas já no final de 12 semanas de TR e essas modificações foram continuadas até ao final de 24 semanas (AnF: GC = 4,82 ± 0,59 vs. GT = 5,61 ± 0,65; TE = -2,99). Diferenças significantes nos vetores médios de impedância foram encontradas em ambos os grupos (P < 0,001), com deslocamento à esquerda somente no GT (GC: T2 = 70,6 vs. GT: T2 = 275,5). As modificações no AnF foram correlacionadas (P < 0,001) com a massa muscular esquelética (MME) (r = 0,50), força muscular (r = 0,79), teste de sentar-elevantar (r = -0,58), agilidade (r = -0,65) aptidão aeróbia (r = 0,66;), LDL-c (r = -0,26) e proteína C-reativa (r = -0,33). Os resultados sugerem que os parâmetros de R e Z são modificados ao longo de uma sessão de TR. Entretanto, os valores de R e Z obtidos pela BIA de corpo inteiro retornam aos valores similares à condição em repouso 45 min após o término da sessão de treinamento. Por outro lado, o TR pode acarretar melhoria do AnF e dos parâmetros brutos de BIA. Além disso, aumentos de força muscular, ganhos de MME, melhoria da aptidão funcional e do perfil metabólico foram correlacionados com aumentos no AnF.
Resumo (inglês)
Bioelectrical impedance analysis (BIA) has been widely used to assess body composition. However, the resistance and reactance values produced provide crucial complementary information, including approaches based on bioelectrical impedance vector analysis (BIVA) and phase angle analysis (PhA). Above all, this information can contribute to analyzing older adults' clinical condition. Two experiments were conducted to investigate the acute and chronic effects of resistance training (RT) on BIVA and PhA in older women. The first experiment was conducted acutely, i.e., by analyzing the behavior of raw BIA data in a single RT session. The measurements were collected from 34 trained older women at different times, namely: baseline, immediately after the RT session, 15, 30, 45, and 60 min after the end of the session, and also after 48 hours. The raw parameters analyzed were resistance (R), reactance (Xc), and impedance (Z), as well as the values normalized by height (H). In the second experiment, 103 participants were randomized into a control group (CG = 51) and a training group (GT = 52). In both experiments, the RT program consisted of eight exercises for the different body segments (upper limbs, trunk, and lower limbs), which were performed at a frequency of three sessions a week on alternate days. In the first experiment, the exercises were performed in three sets of 8-12 repetitions maximum (RM), while in the second, the exercises were performed in three sets of 10-15 RM in the first stage and 8-12 RM in the second. AnF and BIVA were adopted as the primary outcomes in both experiments. In addition, muscular strength, body composition, functional fitness, and metabolic behavior were the secondary outcomes analyzed at baseline after 12 and 24 weeks of intervention in the second experiment. In the first experiment, according to whole-body BIA, significant reductions (P < 0.05) in whole-body R, R/H, and Z values were found immediately after the training session (R = -3.5%; R/H = -3.4%; Z = -3.4%). Values similar to those revealed at rest were identified 30 min after the end of the RT session (P > 0.05). As for localized BIA (L-BIA), RL and ZL values decreased (P < 0.05) immediately after the RT session (RL = -6.6%; ZL = -6.8%) and remained reduced even after 60 min. The parameters XcL and PhA did not change significantly after the RT session (P > 0.05). All the LBIA parameters assessed after 48 h were similar to those at rest, at baseline, and before the RT session (P > 0.05). In the second experiment, changes in PhA (P < 0.001) were revealed at the end of 12 weeks of RT, and these changes continued until the end of 24 weeks (PhA: GC = 4.82 ± 0.59 vs. GT = 5.61 ± 0.65; TE = -2.99). Significant differences in the mean impedance vectors were found in both groups (P < 0.001), with a shift to the left only in the TG (CG: T2 = 70.6 vs. TG: T2 = 275.5). Changes in PhA were correlated (P < 0.001) with skeletal muscle mass (SMM) (r = 0.50), muscular strength (r = 0.79), sit-and-stand test (r = -0.58), agility (r = -0.65) aerobic fitness (r = 0.66), LDL-c (r = -0.26) and C-reactive protein (r = -0.33). The results suggest that the parameters of R and Z are modified throughout an RT session. However, the R and Z values obtained by whole-body BIA return to values similar to the resting condition 45 min after the end of the training session. In contrast, RT can lead to an improvement in PhA and raw BIA parameters. In addition, increases in muscular strength, gains in SMM, improved functional fitness, and metabolic profile were correlated with increases in PhA.
Descrição
Palavras-chave
Treinamento de força, Saúde celular, Resistência, Reatância, Impedância, Idosos, Strength training, Cellular health, Resistance, Reactance, Impedance, Older adults
Idioma
Português