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Publicação:
Análise de vetores de impedância bioelétrica de mulheres idosas envolvidas em programas de treinamento resistido: adaptações agudas e crônicas

dc.contributor.advisorGobbo, Luís Alberto [UNESP]
dc.contributor.authorCyrino, Letícia Trindade
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2023-09-21T12:15:08Z
dc.date.available2023-09-21T12:15:08Z
dc.date.issued2023-09-01
dc.description.abstractA análise de impedância bioelétrica (BIA) tem sido amplamente utilizada para avaliação da composição corporal. Entretanto, os valores de resistência e reatância produzidos permitem informações complementares importantes, incluindo abordagens baseadas na análise de vetores de impedância bioelétrica (BIVA) e do ângulo de fase (AnF). Tais informações podem contribuir, sobretudo, para análise do quadro clínico de idosos. Dois experimentos foram conduzidos para análise dos efeitos agudos e crônicos do treinamento resistido (TR) sobre a BIVA e AnF em mulheres idosas. O primeiro experimento foi conduzido de forma aguda, ou seja, a partir da análise do comportamento dos dados brutos de BIA em uma única sessão de TR. As medidas foram coletadas em 34 mulheres idosas treinadas, em diferentes momentos, a saber: linha de base, imediatamente após a sessão de TR, 15, 30, 45 e 60 min após o termino da sessão e, ainda, após 48 h. Os parâmetros brutos analisados foram resistência (R), reatância (Xc), impedância (Z), bem como os valores ajustados pela estatura (E). No segundo experimento, 103 participantes foram aleatorizadas em grupo controle (GC = 51) e grupo treinamento (GT = 52). Em ambos os experimentos o programa de TR foi composto por oito exercícios para os diferentes segmentos corporais (membros superiores, tronco e membros inferiores), os quais foram executados a uma frequência de três sessões semanais, em dias alternados. No primeiro experimento os exercícios foram executados em três séries de 8-12 repetições máximas (RM), enquanto no segundo os exercícios foram executados em três séries de 10-15 RM na primeira etapa e 8-12 RM na segunda. O AnF e a BIVA foram adotados como desfechos primários. Adicionalmente, a força muscular, composição corporal, aptidão funcional e comportamento metabólico foram os desfechos secundários analisados na linha de base, após 12 e 24 semanas de intervenção no segundo experimento. No primeiro experimento, de acordo com a BIA de corpo inteiro, reduções significantes (P < 0,05) nos valores de R, R/E e Z de corpo inteiro foram encontradas imediatamente após a sessão de treino (R = -3,5%; R/E = -3,4%; Z = -3,4%). Valores similares aos revelados em repouso foram identificados após 30 min do encerramento da sessão de TR (P > 0,05). Já para a BIA localizada (L-BIA), os valores de RL e ZL reduziram (P < 0,05) imediatamente após a sessão de TR (RL = -6,6%; ZL = -6,8%) e permaneceram reduzidos mesmo após 60 min. Os parâmetros XcL e AnFL não sofreram alterações significantes após a sessão de TR (P > 0,05). Todos os parâmetros da L-BIA na avaliação após 48 h foram similares aos valores em repouso, na linha de base (P > 0,05). Já no segundo experimento, alterações no AnF (P < 0,001) foram reveladas já no final de 12 semanas de TR e essas modificações foram continuadas até ao final de 24 semanas (AnF: GC = 4,82 ± 0,59 vs. GT = 5,61 ± 0,65; TE = -2,99). Diferenças significantes nos vetores médios de impedância foram encontradas em ambos os grupos (P < 0,001), com deslocamento à esquerda somente no GT (GC: T2 = 70,6 vs. GT: T2 = 275,5). As modificações no AnF foram correlacionadas (P < 0,001) com a massa muscular esquelética (MME) (r = 0,50), força muscular (r = 0,79), teste de sentar-elevantar (r = -0,58), agilidade (r = -0,65) aptidão aeróbia (r = 0,66;), LDL-c (r = -0,26) e proteína C-reativa (r = -0,33). Os resultados sugerem que os parâmetros de R e Z são modificados ao longo de uma sessão de TR. Entretanto, os valores de R e Z obtidos pela BIA de corpo inteiro retornam aos valores similares à condição em repouso 45 min após o término da sessão de treinamento. Por outro lado, o TR pode acarretar melhoria do AnF e dos parâmetros brutos de BIA. Além disso, aumentos de força muscular, ganhos de MME, melhoria da aptidão funcional e do perfil metabólico foram correlacionados com aumentos no AnF.pt
dc.description.abstractBioelectrical impedance analysis (BIA) has been widely used to assess body composition. However, the resistance and reactance values produced provide crucial complementary information, including approaches based on bioelectrical impedance vector analysis (BIVA) and phase angle analysis (PhA). Above all, this information can contribute to analyzing older adults' clinical condition. Two experiments were conducted to investigate the acute and chronic effects of resistance training (RT) on BIVA and PhA in older women. The first experiment was conducted acutely, i.e., by analyzing the behavior of raw BIA data in a single RT session. The measurements were collected from 34 trained older women at different times, namely: baseline, immediately after the RT session, 15, 30, 45, and 60 min after the end of the session, and also after 48 hours. The raw parameters analyzed were resistance (R), reactance (Xc), and impedance (Z), as well as the values normalized by height (H). In the second experiment, 103 participants were randomized into a control group (CG = 51) and a training group (GT = 52). In both experiments, the RT program consisted of eight exercises for the different body segments (upper limbs, trunk, and lower limbs), which were performed at a frequency of three sessions a week on alternate days. In the first experiment, the exercises were performed in three sets of 8-12 repetitions maximum (RM), while in the second, the exercises were performed in three sets of 10-15 RM in the first stage and 8-12 RM in the second. AnF and BIVA were adopted as the primary outcomes in both experiments. In addition, muscular strength, body composition, functional fitness, and metabolic behavior were the secondary outcomes analyzed at baseline after 12 and 24 weeks of intervention in the second experiment. In the first experiment, according to whole-body BIA, significant reductions (P < 0.05) in whole-body R, R/H, and Z values were found immediately after the training session (R = -3.5%; R/H = -3.4%; Z = -3.4%). Values similar to those revealed at rest were identified 30 min after the end of the RT session (P > 0.05). As for localized BIA (L-BIA), RL and ZL values decreased (P < 0.05) immediately after the RT session (RL = -6.6%; ZL = -6.8%) and remained reduced even after 60 min. The parameters XcL and PhA did not change significantly after the RT session (P > 0.05). All the LBIA parameters assessed after 48 h were similar to those at rest, at baseline, and before the RT session (P > 0.05). In the second experiment, changes in PhA (P < 0.001) were revealed at the end of 12 weeks of RT, and these changes continued until the end of 24 weeks (PhA: GC = 4.82 ± 0.59 vs. GT = 5.61 ± 0.65; TE = -2.99). Significant differences in the mean impedance vectors were found in both groups (P < 0.001), with a shift to the left only in the TG (CG: T2 = 70.6 vs. TG: T2 = 275.5). Changes in PhA were correlated (P < 0.001) with skeletal muscle mass (SMM) (r = 0.50), muscular strength (r = 0.79), sit-and-stand test (r = -0.58), agility (r = -0.65) aerobic fitness (r = 0.66), LDL-c (r = -0.26) and C-reactive protein (r = -0.33). The results suggest that the parameters of R and Z are modified throughout an RT session. However, the R and Z values obtained by whole-body BIA return to values similar to the resting condition 45 min after the end of the training session. In contrast, RT can lead to an improvement in PhA and raw BIA parameters. In addition, increases in muscular strength, gains in SMM, improved functional fitness, and metabolic profile were correlated with increases in PhA.en
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.description.sponsorshipIdCAPES: 001
dc.identifier.capes33004137062P0
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/250752
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso aberto
dc.subjectTreinamento de forçapt
dc.subjectSaúde celularpt
dc.subjectResistênciapt
dc.subjectReatânciapt
dc.subjectImpedânciapt
dc.subjectIdosospt
dc.subjectStrength trainingen
dc.subjectCellular healthen
dc.subjectResistanceen
dc.subjectReactanceen
dc.subjectImpedanceen
dc.subjectOlder adultsen
dc.titleAnálise de vetores de impedância bioelétrica de mulheres idosas envolvidas em programas de treinamento resistido: adaptações agudas e crônicaspt
dc.title.alternativeAnalysis of bioelectrical impedance vectors of older women involved in resistance training programs: acute and chronic adaptationsen
dc.typeTese de doutoradopt
dcterms.impactO envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo que acarreta modificações em variáveis neuromusculares, morfológicas, fisiológicas, metabólicas, cognitivas e comportamentais. Tais mudanças podem promover aumento da vulnerabilidade e, consequentemente, elevação dos fatores de risco ao desenvolvimento de disfunções e doenças metabólicas e osteomioarticulares, comprometendo a saúde, autonomia, qualidade de vida e, consequentemente, a longevidade. Portanto, o estabelecimento de estratégias que possam atenuar ou, até mesmo, reverter as mudanças associadas ao envelhecimento tem sido um grande desafio de pesquisadores e profissionais da área de saúde, uma vez que tais mudanças podem resultar em benefícios científicos, sociais e econômicos relevantes. Nesse sentido, a presente investigação buscou analisar os efeitos agudos e crônicos do treinamento resistido sobre indicadores de saúde em mulheres idosas, com ênfase em duas variáveis produzidas pelo método de impedância bioelétrica, nomeadamente o ângulo de fase e os vetores de impedância bioelétrica. Os resultados encontrados permitiram o avanço do conhecimento científico na área do treinamento resistido em idosos, visto a inexistência de estudos até o presente momento que se propuseram a analisar o comportamento de tais variáveis ao longo de uma única sessão de treinamento e durante 24 semanas de intervenção, por meio de estudos bem delineados e controlados, com a presença de grupo controle puro. A presente investigação além de gerar produtos importantes como esta tese de doutorado e seus respectivos artigos, fortalecendo a produção intelectual do nosso grupo de estudo e pesquisa, proporcionou informações de grande aplicação prática, confirmando a importância do treinamento resistido progressivo para idosos e do uso do valores brutos e do ângulo de fase obtidos pelo método de impedância bioelétrica para monitorar os ajustes e as adaptações promovidas por este tipo de exercício físico. Além disso, as informações produzidas nesta investigação forneceram diversas questões a serem respondidas em novos estudos, tais como quais seriam os mecanismos envolvidos em muitas das respostas encontradas em mulheres idosas e se tais respostas seriam semelhantes ou não em outras populações como homens idosos ou mulheres frágeis, entre tantas outras. Considerando que a prática de exercícios físicos em ambientes coletivos favorece a interação social e promove amplos benefícios associados a melhoria da saúde, autonomia e qualidade de vida, nossa investigação teve uma conotação social importante, uma vez que integrou um conjunto de mulheres idosas proporcionando trocas de experiências, acolhimento, orientações, sensações de prazer e bem-estar. Nesse sentido, já está bem estabelecido na literatura que o afastamento físico e a ausência de interação social guarda estreita relação com sintomas de ansiedade e depressão, bastante comuns em idosos, cujos efeitos sobre a saúde mental podem ser catastróficos, principalmente, no que tange ao desenvolvimento de demências e mortalidade precoce. Nosso estudo revelou, ainda, que a prática do treinamento resistido, particularmente em mulheres idosas, deve ser encorajada não somente pelos benefícios a essa população mas, também, para a sustentabilidade do sistema público de saúde, uma vez que os aumentos de força muscular, melhoria da hidratação, ganhos de massa muscular, redução da gordura corporal, melhoria da aptidão funcional e do comportamento metabólico, com destaque para o aumento da HDL-c e redução de triglicerídeos, colesterol total, LDL-c e PCR, respostas adaptativas encontradas na presente investigação e que estão diretamente associadas com a melhoria da saúde, qualidade de vida e autonomia funcional. Portanto, a prática do treinamento resistido pode favorecer sobremaneira a redução dos custos com a saúde em idosos, por meio da redução do número de consultas médicas, diminuição do uso de medicamentos, atenuação do número de internações e de cirurgias de urgência. Nossos resultados são promissores para a prevenção e tratamento, sobretudo, de sarcopenia, obesidade, diabetes e dislipidemia. Por fim, as informações apresentadas anteriormente demonstram o grande impacto científico, social e econômico deste estudo, atendendo as características exigidas nas Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em função de possuir aderência a área V, do artigo 2º, da Portaria MCTIC nº 1.122, publicada em 19 de março de 2020, denominada de Qualidade de Vida. Desse modo, esta tese de doutorado se encaixa na área da “Saúde e Bem-Estar”, um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).pt
dcterms.impactAging is a dynamic and progressive process that leads to changes in neuromuscular, morphological, physiological, metabolic, cognitive, and behavioral variables. Such changes can promote increased vulnerability and, consequently, increase risk factors for the development of metabolic and osteomyoarticular dysfunctions and diseases, compromising health, autonomy, quality of life, and, consequently, longevity. Therefore, the establishment of strategies that can mitigate or even reverse the changes associated with aging has been a major challenge for researchers and health professionals since such changes can result in relevant scientific, social, and economic benefits. In this regard, the present investigation sought to analyze the acute and chronic effects of resistance training on health indicators in older women, emphasizing two variables produced by the bioelectrical impedance method: the phase angle and the bioelectrical impedance vectors. The results found allowed the advancement of scientific knowledge in the area of resistance training in older adults, given the lack of studies to date that have proposed to analyze the behavior of such variables over a single training session and over 24 weeks of intervention through well-designed and controlled studies with the presence of a pure control group. The present investigation, in addition to generating essential products such as this doctoral thesis and its respective articles, strengthening the intellectual production of our study and research group, provided information of great practical application, corroborated the importance of progressive resistance training for older women and the use of the raw values and the phase angle obtained by the bioelectrical impedance method to monitor the adjustments and adaptations promoted by this type of physical exercise. In addition, the information produced in this investigation provided several questions to be answered in new studies, such as what would be the mechanisms involved in many of the responses found in older women and whether or not such changes would be similar in other populations such as older men or frail women, among many others. Considering that the practice of physical exercises in collective environments favors social interaction and promotes broad benefits associated with improved health, autonomy, and quality of life, our investigation had a critical social connotation since it integrated a group of older women providing exchanges of experiences, welcoming, orientations, sensations of pleasure and well-being. In this regard, it is already well established in the literature that physical distancing and the absence of social interaction are closely related to symptoms of anxiety and depression, quite common in older adults, whose effects on mental health can be catastrophic, especially concerning the development of dementia and early mortality. Our study also revealed that the practice of resistance training, particularly in older women, should be encouraged not only for the benefits to this population but also for the sustainability of the public health system since increases in muscle strength, improved hydration, gains in muscle mass, reduction in body fat, improvement in functional fitness and metabolic behavior, with emphasis on the increase in HDL-c and decrease in triglycerides, total cholesterol, LDL-c and CRP, adaptive responses found in the present investigation and which are directly associated with improved health, quality of life and functional autonomy. Therefore, the practice of resistance training can significantly favor the reduction of health costs in older adults through the decrease in the number of medical consultations, reduction of the use of medications, and attenuation of the number of hospitalizations and emergency surgeries. Our results are promising for the prevention and treatment of sarcopenia, obesity, diabetes, and dyslipidemia. Finally, the information presented above demonstrates the significant scientific, social, and economic impact of this study, meeting the characteristics required in the Priority Technologies Areas of the Ministry of Science, Technology, Innovations, and Communications (MCTIC) due to having adherence to area V, of article 2, of MCTIC Ordinance No. 1,122, published on March 19, 2020, called Quality of Life. Thus, this doctoral thesis fits into the area of Health and Wellness, one of the 17 sustainable development goals (SDGs).en
dspace.entity.typePublication
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudentept
unesp.embargo18 meses após a data da defesapt
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramCiências do Movimento - FCTpt
unesp.knowledgeAreaOutrapt
unesp.researchAreaDesempenho e Recuperação Funcionalpt

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