O graffiti como sintoma contemporâneo : por uma psicanálise aplicada no perímetro urbano
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Data
Autores
Orientador
Dionisio, Gustavo Henrique 

Coorientador
Pós-graduação
Psicologia - FCLAS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
No perímetro urbano articulam-se significantes, modos de vida, posições socioeconômicas e saberes que influenciam a aproximação ou o afastamento de determinados sujeitos. O graffiti, objeto central desta pesquisa, compõe o conjunto de imagens que habitam a cidade e rompe com uma concepção utilitária e produtivista do espaço urbano, aquela que reduz a experiência das cidades em um simples trajeto funcional entre lugares. Ato consolidado há décadas em diversos países, o graffiti emerge e se fortalece como um gesto de afirmação da existência de sujeitos historicamente invisibilizados, especialmente em momentos marcados pelo desamparo e pela ausência do poder público, constituindo-se também como uma forma de expressão do mal-estar social e dos conflitos entre o poder instituído e os grupos oprimidos. A partir de um ensaio teórico conceitual e buscando se aproximar da prática da psicanálise implicada, investigo as nuances e particularidades dessa prática em contextos históricos como França, Estados Unidos e Brasil através de trabalhos publicados no Google Acadêmico, SciELO e livros sobre o tema. Proponho uma leitura da cidade como um corpo vivo e articulo com o conceito de sintoma psicanalítico para refletir sobre como o graffiti opera, desvelando aspectos ocultados pela ordem urbana. Assim como na clínica, o silenciamento ou a repressão de um sintoma não conduzem à sua eliminação, mas à sua repetição. Diante disso, torna-se imprescindível lançar um olhar que escape às leituras morais e normativas habituais, a fim de compreender os processos de invisibilidade, exclusão e violência que operam em sua prática.
Resumo (português)
In the urban perimeter, significant elements, lifestyles, socioeconomic positions, and knowledge converge, influencing the approach or distancing of certain individuals. Graffiti, the central focus of this research, is part of the visual landscape of cities and challenges the utilitarian and productivity-driven view of urban space, one that reduces the city to a network of functional pathways between destinations. Having become a consolidated practice over decades in various parts of the world, graffiti emerged and gained strength as a way for historically marginalized individuals to assert their presence, especially during periods marked by abandonment and a lack of public support. It also became a means of expressing social unrest and conflict between institutional power and the oppressed. This conceptual theorical essay seeks to approach the practice of implicated psychoanalysis, exploring the nuances and specificities of graffiti in contexts such as France, the United States, and Brazil through works published on Google Scholar, SciELO and themed books. I propose a conception of the city as a living body and articulate this with the psychoanalytic concept of
the symptom to examine how graffiti operates by revealing what is often repressed or hidden in urban life. As in psychoanalytic practice, silencing or repressing a symptom does not lead to its disappearance, but rather to its repetition. In this sense, it becomes essential to adopt a perspective that moves beyond conventional moral judgments, which are often narrow and normative, in order to grasp the multiple layers revealed through this practice.
Descrição
Palavras-chave
Psicanálise, Grafiteiros, Arte urbana, Psicologia social, Psychoanalysis, Graffiti, Urban Art, Social Psychology
Idioma
Português
Citação
MONTI, Danilo Simonetti. O graffiti como sintoma contemporâneo: por uma psicanálise aplicada no perímetro urbano. 2025. 107 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2025.

