Fatores relacionados à prevenção da saúde bucal em estudantes da rede pública de ensino de um município do noroeste paulista
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Data
Autores
Orientador
Martins, Ronald Jefferson 
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Araçatuba - FOA - Odontologia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A infância representa uma fase crucial para a formação de hábitos de saúde, incluindo a higiene bucal. Nessa etapa, a cárie dentária é o agravo mais prevalente, influenciada por fatores socioeconômicos, comportamentais e ambientais. Problemas bucais podem comprometer a alimentação, o sono, a autoestima e o rendimento escolar, afetando a qualidade de vida das crianças. Assim, compreender os fatores associados à saúde bucal em escolares é fundamental para subsidiar ações de prevenção e promoção em ambientes educativos, especialmente em comunidades vulneráveis. Este estudo teve como objetivo investigar fatores relacionados à prevenção da saúde bucal em crianças do Ensino Fundamental I matriculadas em uma escola pública de período integral localizada em Araçatuba-SP, em contexto de vulnerabilidade social. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e quantitativa, que avaliou 77 escolares entre 7 e 11 anos, além de seus responsáveis. Foram utilizados os índices ceo-d/CPOD (experiência de cárie), Índice de Higiene Oral Simplificado – IHOS (0–1,0 = ótimo; 1,1–2,0 = regular; 2,1–3,0 = ruim), Índice Periodontal Comunitário – CPI (cálculo dental) e Índice de Mal oclusão – DAI (normal, leve, moderada/severa). Aplicou-se ainda a Escala de Faces de Andrews para verificar a percepção das crianças sobre hábitos de higiene e consulta odontológica. Entre os responsáveis, foram aplicados o B-ECOHIS, para avaliar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida infantil, e o Dental Fear Survey (DFS), que mensura o medo odontológico. Os resultados mostraram que 56% das crianças apresentaram experiência de cárie, sendo que 31% nunca haviam ido ao dentista. O IHOS médio foi de 1,5, caracterizando higiene “regular”, e cerca de 40% dos lares não possuíam fio dental, refletindo percepções negativas quanto ao seu uso. Má oclusão esteve presente em 59,7% da amostra e periodontopatia em 22%. Quanto à qualidade de vida, 79,2% dos responsáveis relataram dor de dente nos filhos, associada a prejuízos em sono, alimentação, socialização e até ausência escolar. Observou-se ainda que o medo odontológico dos pais influenciou negativamente o acesso e a adesão das crianças ao tratamento. Conclui-se que as crianças pesquisadas apresentam percepção positiva em relação a aspectos relacionados a saúde bucal, entretanto a higienização bucal mostrou-se regular e existem sextantes com cálculo dentário. A prevalência de má oclusões e cárie é alta e as necessidades de tratamento são menos complexas. Os responsáveis apresentaram um elevado nível de medo e ansiedade ao tratamento odontológico. A saúde bucal influenciou na qualidade de vida tanto das crianças, quanto dos pais.
Resumo (inglês)
Childhood is a crucial stage for the development of health habits, including oral hygiene. At this stage, dental caries is the most prevalent condition, influenced by socioeconomic, behavioral, and environmental factors. Oral problems can impair nutrition, sleep, self-esteem, and school performance, affecting children’s quality of life. Understanding the factors associated with oral health in schoolchildren is therefore essential to support preventive and health promotion strategies in educational settings, particularly in vulnerable communities. This study aimed to investigate factors related to the prevention of oral health in children enrolled in a full-time public elementary school in Araçatuba-SP, Brazil, within a context of social vulnerability. A cross-sectional, descriptive, and quantitative design was used, evaluating 77 children aged 7 to 11 years and their caregivers. The indices ceo-d/DMFT (caries experience), Simplified Oral Hygiene Index – OHI-S (0–1.0 = good; 1.1–2.0 = fair; 2.1–3.0 = poor), Community Periodontal Index – CPI (dental calculus), and Dental Aesthetic Index – DAI (normal, mild, moderate/severe) were applied. Children’s perceptions regarding hygiene and dental visits were assessed using the Andrews Facial Scale. Among caregivers, the B-ECOHIS questionnaire was applied to measure the impact of oral health on children’s quality of life, and the Dental Fear Survey (DFS) to assess dental anxiety. Results showed that 56% of the children had caries experience, 31% had never visited a dentist, and the mean OHI-S was 1.5, indicating “fair” hygiene. Approximately 40% of households did not have dental floss, reflecting negative perceptions of its use. Malocclusion was observed in 59.7% of the sample, while 22% presented periodontal conditions. Regarding quality of life, 79.2% of caregivers reported toothache in their children, associated with impairments in sleep, eating, socialization, and even school absenteeism. Parents’ dental fear was also found to negatively influence children’s access and adherence to dental care. In conclusion, although children demonstrated a positive perception of oral health, their hygiene practices were only fair, with the presence of calculus in some sextants. High prevalence of caries and malocclusion was observed, though treatment needs were generally less complex. Caregivers reported high levels of dental fear and anxiety, and oral health was shown to significantly influence the quality of life of both children and their families.
Descrição
Palavras-chave
Saúde bucal, Cáries dentárias, Crianças, Prevenção, Oral health
Idioma
Português
Citação
ORBOLATO, Rafael. Fatores relacionados à prevenção da saúde bucal em estudantes da rede pública de ensino de um município do noroeste paulista. 2025. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araçatuba, 2025.
