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Comunicação e violência organizacional em ambientes relacionados às rotinas produtivas do jornalismo: pesquisa com jornalistas brasileiros

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Orientador

Cabral, Raquel

Coorientador

Pós-graduação

Comunicação - FAAC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta tese tem por objetivo geral investigar de que forma os sistemas de violência organizacional permeiam as rotinas produtivas jornalísticas, e se são percebidos pelos jornalistas na sua prática profissional. Para tanto, parte-se do problema de pesquisa: as estruturas de violência organizacional são legitimadas e reproduzidas nas rotinas produtivas do jornalismo e os jornalistas as percebem ou reconhecem? Para responder a esse questionamento, aprofunda-se a discussão sobre a noção de violência, que é um assunto trabalhado por pesquisadores em diversas áreas do conhecimento. Nesta pesquisa, trabalha-se com a conceituação de tipologias de violência proposta por Galtung (1969; 1971); Bourdieu (1989) e Han (2019). Elas auxiliam, sobretudo, a entender os cenários e suas representações no campo social, cultural e midiático, especialmente relacionado ao mundo do trabalho. Ajudam, também, a conhecer o seu aspecto estrutural e, por isso, palco para o exercício de poder. Mais recentemente, passa-se a compreender que os ambientes organizacionais estão imersos no contexto das plataformas sociais (Saad,2020) por meio dos cenários de hipervisibilidade (Abreu, 2016) e das produções multiplataformas (Silva, 2015). Nesse sentido, entende-se que a rotina produtiva dos jornalistas produz diversos sistemas com potencial para a promoção de violências estruturais e culturais. Como aporte metodológico, trabalha-se com a pesquisa quali-quantitativa por meio de um formulário (survey) on-line aplicado a 15 profissionais de várias regiões do Brasil, entre dezembro de 2024 a janeiro de 2025, universo do qual são extraídas três entrevistas, a partir da técnica da história de vida (Chase, 2008), a fim de conhecer em profundidade suas percepções sobre violência nos ambientes organizacionais das rotinas produtivas do jornalismo. Para a análise das entrevistas, utiliza-se a análise de conteúdo (Bardin, 2011). Como resultado, observou-se que os profissionais percebem as diversas violências às quais estão submetidos. No entanto, na medida em que ocupam posições hierárquicas mais elevadas, percepções sobre cultura profissional e organizacional passam a ficar difusas nesse processo, muitas vezes, reiterando e reproduzindo um ciclo de violências que ficam naturalizadas na cultura profissional. Além disso, a partir das histórias de vida, verificou-se que os entrevistados acreditam que as novas gerações, que estão adentrando o ambiente das rotinas produtivas jornalísticas, podem ser o vetor da mudança que o jornalismo necessita para se reinventar.

Resumo (inglês)

The general objective of this thesis is to investigate how systems of organizational violence permeate journalistic production routines and whether they are perceived by journalists in their professional practice. To this end, we begin with the following research problem: are structures of organizational violence legitimized and reproduced in journalism production routines, and do journalists perceive or recognize them? To answer this question, we will deepen the discussion on the notion of violence, which is a subject studied by researchers in several areas of knowledge. This research works with the conceptualization of typologies of violence proposed by Galtung (1969; 1971); Bourdieu (1989) and Han (2019). Above all, they help to understand the scenarios and their representations in the social, cultural and media fields, especially related to the world of work. They also help to understand their structural aspect and, therefore, as a stage for the exercise of power. More recently, it has been understood that organizational environments are immersed in the context of social platforms (Saad, 2020) through hypervisibility scenarios (Abreu, 2016) and multiplatform productions (Silva, 2015). In this sense, it is understood that the productive routine of journalists produces several systems with the potential to promote structural and cultural violence. As a methodological contribution, we work with quali-quanti research through an online form (survey) applied to 15 professionals from various regions of Brazil between December 2024 and January 2025, a universe from which three interviews are extracted using the life story technique (Chase, 2008) in order to gain in-depth knowledge of their perceptions of violence in the organizational environments of the productive routines of journalism. To analyze the interviews, we used content analysis (Bardin, 2011). As a result, it was observed that professionals perceive the various forms of violence to which they are subjected. However, as they occupy higher hierarchical positions, perceptions about professional and organizational culture become diffuse in this process, often reiterating and reproducing a cycle of violence that becomes naturalized in the professional culture. Furthermore, based on the life stories, it was found that the interviewees believe that the new generations that are entering the environment of journalistic production routines can be the vector of change that journalism needs to reinvent itself.

Descrição

Palavras-chave

Jornalismo, Rotinas produtivas, Violência organizacional, Cultura profissional

Idioma

Português

Citação

GOMES, Rafael de Jesus. Comunicação e violência organizacional em ambientes relacionados às rotinas produtivas do jornalismo: pesquisa com jornalistas brasileiros. Orientadora: Raquel Cabral. 2025. 230 f. Tese (Doutorado em Comunicação) Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru, 2025.

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Item type:Unidade,
Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design
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Campus: Bauru


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