Eu vou pegar o que vocês mais odeiam e chamar de arte: terror matemático

Abstract

Trazendo como tema central a matemática, este trabalho procura explorar visualidades complexas em sua forma material. A autoridade rígida de coisas como a matemática e a burocracia produzem estéticas resultantes na sociedade, que se escondem atrás da premissa do neutro, onde se tornam ferramentas de controle irrefutáveis. A pesquisa que resulta deste TCC busca questioná-las e trazer uma reivindificação das Mesmas, incluindo também outras estéticas odiosas como, por exemplo,a da gambiarra. Ao decorrer dos diferentes capítulos, busquei trazer um panomarama histórico /crítico desses elementos, relacionando estes com as minhas vivências na graduação. Apesar de mostrar diversas contradições e simbologias opostas, tanto á matemática, quanto a burocracia, quanto a gambiarra, se mostram temas que carregam estéticas poderosas, como contravisualidades inerente às suas próprias contradições. Os capítulos finais trazem uma conclusão de tudo que eu aprendi durante a graduação, propondo como objeto poético a contravisualidade das exatas.

Bringing mathematics as its central theme, this thesis aims to explore complex visualities in their material form. The rigid authority of concepts like mathematics and bureaucracy generates resulting aesthetics in society, which hide behind a premise of neutrality, becoming irrefutable tools of control. This research questions these structures and seeks to reclaim them, also including other “undesirable” aesthetics, such as gambiarra (improvisation). Throughout the various chapters, I aimed to present a historical and critical overview of these elements, connecting them to my experiences during my undergraduate studies. Despite highlighting multiple contradictions and opposing symbols, mathematics, bureaucracy, and gambiarra emerge as themes that carry powerful aesthetics, as counter-visualities inherent in their own contradictions. The final chapters provide a conclusion of everything I learned during my studies, proposing counter-visuality in the exact sciences as a poetic object.