Comparação entre a relação PCR/albumina e o índice prognóstico inflamatório nutricional (IPIN)

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2002-07-01

Autores

Corrêa, Camila Renata [UNESP]
Angeleli, Aparecida Yooko Outa
Camargo, Nádia dos Reis [UNESP]
Barbosa, Luciano [UNESP]
Burini, Roberto Carlos [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaSociedade Brasileira de PatologiaSociedade Brasileira de Citopatologia

Resumo

Objetivo: Simplificar o cálculo do índice prognóstico inflamatório nutricional (IPIN) empregando número menor de variáveis com conseqüente redução do custo da análise. Materiais e métodos: Foram estudados 54 pacientes e 12 indivíduos-controle com 48 ± 20 (média ± dp) anos de idade. As principais patologias dos pacientes eram: doença arterial periférica (22), pênfigo foliáceo (7), doença inflamatória intestinal (7), trauma (6) e pós-operatório de ortognatia (3). Foram obtidas amostras de sangue periférico, colhidas em jejum para dosagens de proteínas positivas (+) e negativas (-) de fase aguda (PFA) pelo método nefelométrico. Proteína C reativa (PCR), alfa-1-glicoproteína-ácida (alfa-1-GA), alfa-1-antitripsina (alfa-1-AT) e ceruloplasmina (CER) foram as PFA+ e albumina (Alb), transtiretina (TTR), transferrina (TF) e proteína ligadora do retinol (RBP) foram as representantes das PFA-. Esses valores foram analisados quanto à associação de correlação isolada ou associadamente na fórmula do índice prognóstico inflamatório e nutricional (IPIN = PCR + alfa-1-GA / Alb + TTR). de acordo com o índice prognóstico inflamatório e nutricional, os pacientes foram classificados em grupo-controle (G1); pacientes sem infecção/inflamação (IPIN < 1, G2) ou com risco de inflamação/infecção (IPIN > 1, G3). em seguida os pacientes do G3 foram subdivididos em baixo risco (G3A, n = 16); médio risco ( G3B, n = 10); alto risco (G3C, n = 6) e com risco de morte (G3D, n = 11). Os resultados foram correlacionados entre si (teste de Spearman) ou submetidos às comparações entre grupos (teste de Kruskall-Wallis). Resultados: Houve relação significativa entre as variáveis PCR &acute; alfa-1-GA (r = 0,49), Alb &acute; TTR (r = 0,60), Alb &acute; RBP (r = 0,58), Alb &acute; TF (r = 0,39), TTR &acute; RBP (r = 0,56) e TTR&acute; TF (r = 0,43) e as melhores relações encontradas entre PFA+ e PFA- foram: PCR &acute; Alb (r = - 0,71), PCR &acute; TTR (r = - 0,54), PCR &acute; TF (r = - 0,39) e alfa-1-GA &acute; Alb (r = - 0,35). Os valores do IPIN mostraram a diferenciação G3 > (G1 = G2) e G3 > G3A. Entre todas as proteínas dosadas apenas PCR, Alb e TTR discriminaram os grupos: sendo G3 > (G1= G2) para PCR e G3< (G1= G2) para Alb e TTR. Apenas PCR, TTR e TF discriminaram a morbimortalidade com G3D > G3A (para PCR) e G3D < G3A (para TTR e TF). PCR/Alb e IPIN apresentaram concordância de valores para os riscos de complicações. Conclusão: Assim, conclui-se pela possibilidade de substituição do IPIN pela relação PCR/albumina, mais simples e de menor custo, mantendo-se o mesmo poder e sensibilidade para diagnóstico dos graus de risco de complicações.
The inflammatory stress of hospitalyzed patients was quantified according to their plasma levels of acute-phase proteins (APP). The data from 54 adult (48 ± 20 yrs) patients were retrospectively (1994-1998) analysed along with other 12 healthy controls. The major pathologies were peripheral vascular disease (22) , penphigus pholiaceos (7), inflammatory bowel disease (7), trauma (6) and orthognatic post surgery (3). Samples of fasting venous blood were drawn and their plasma used for positive (+) and negative (-) APP by nephelometric assays. Among assayed APP+ were C-reactive protein (CRP), acid alpha-1-glycoprotein (AAG), alpha-1-antitrypsin (AAT) and ceruloplasmim (CER) while albumin (Alb), transthyretin (TTR), transferrin (TF) and retinol-binding protein (RBP) were the APP- representatives. A significant relationship (Spearman test) was found between the variables CRP &acute; AAG (r = 0.49), Alb &acute; TTR (r = 0.60), Alb &acute; RBP (0.58), Alb &acute; TF (r = 0.39), TTR &acute; RBP (r = 0.56) and TTR &acute;TF (r = 0.43). The stronger relationships between APP+ &acute; APP- were found for CRP &acute; Alb (r = - 0.71), CRP &acute; TTR (- 0.54), CRP &acute; TF (r = - 0.39) and AAG &acute; Alb (r = - 0.35). By assembling the APP according to the prognostic inflammatory nutritional index (PINI) proposed by Ingenbleek & Carpentier (Int. J. Vitam. Nutr. Res., 55: 91, 1985) the obtained data allowed a group distribution as healthy controls (G1), patients without (PINI < 1,G2) or with risk (PINI >1, G3). The later was split as lower (G3A, n =16) medium (G3B, n =10) and high (G3C, n = 6) risk and mortality-risk (G3D, n =11). The PINI values differentiated (non-parametric Kruskall-Wallis test) G3 > (G1= G2) and G3 > G3A. Among all assayed proteins only CRP, Alb and TTR discriminated groups as G3 > (G1= G2) for CRP or G3< (G1= G2) for Alb and TTR. Only CRP, TTR and TF discriminated the morbidity severity with G3D > G3A (for CRP) and G3D < G3A (for TTR and TF). The correlation coeficient allowed only APP-- substitutions at the PINI formula whereas CRP/Alb was the best PINI simplification form keeping its power of group discrimination.

Descrição

Palavras-chave

Paciente crítico, Proteínas de fase aguda, Índice de estresse inflamatório, Marcadores nutricionais, Critical patients, Acute-phase proteins, Inflammatory-stress index, Nutritional markers

Como citar

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaSociedade Brasileira de PatologiaSociedade Brasileira de Citopatologia, v. 38, n. 3, p. 183-190, 2002.