Publicação: Avaliação da segurança materno-fetal e possíveis efeitos teratogênicos do extrato aquoso obtido das folhas de Casearia sylvestris em ratos Wistar.
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Autores
Orientador
Arena, Arielle Cristina 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biomédicas - IBB
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Diversas substâncias podem exercer influências sobre o desenvolvimento fetal, incluindo tratamentos à base de plantas, suplementos, medicamentos convencionais e fatores ambientais. Os medicamentos considerados “naturais” são frequentemente utilizados durante a gestação devido à crença de que é mais seguro para o feto em comparação com as drogas sintéticas; porém o uso indiscriminado de plantas medicinais também pode ser prejudicial. A espécie Casearia sylvestris, conhecida popularmente como “guaçatonga”, é uma planta medicinal brasileira utilizada devido à sua grande quantidade de propriedades fitoterápicas para o tratamento de diversas enfermidades. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a segurança materno-fetal e verificar se há efeitos teratogênicos do extrato aquoso obtido das folhas de Casearia sylvestris (EACS) em ratos Wistar. Para isso, ratas prenhes foram divididas em 4 grupos (controle; 175, 350 ou 700 mg/kg/peso corporal de EACS), os quais foram expostos do dia gestacional (DG) 6 ao 15 por via oral (gavage). Durante o período de exposição, foram observados sinais clínicos de toxicidade e consumo de água e ração. No DG 20, foi realizada laparotomia exploratória para a realização do teste de fertilidade, avaliação dos fetos e análises toxicológicas maternas (coleta e pesagem de órgãos, análises hematológicas e bioquímicas; e potencial fértil). Os fetos coletados foram pesados e medidos em relação ao comprimento crânio-caudal, encefálico e também da distância anogenital (DAG). Também foram realizadas análises viscerais e esqueléticas. Através de análise fitoquímica, realizada a partir da LC-DAD, foram quantificados ácidos gálico, caféico, ferúlico, elágico e quercetina. Nenhum sinal clínico de toxicidade foi observado nas fêmeas prenhes durante o período de exposição. No teste de fertilidade, foi observado aumento significativo no número de fetos fêmeas pequenos para a idade gestacional (PIG) nos grupos de dose intermediária e maior dose, e uma redução no número de fetos fêmeas adequados para a idade gestacional (AIG) no grupo de dose intermediária. A medida da DAG relativa dos fetos do sexo feminino também apresentou um aumento significativo no grupo de menor dose e dose intermediária. Não foram observadas alterações significativas na morfologia externa dos fetos e nos parâmetros viscerais. No entanto, em relação aos parâmetros esqueléticos, houve aumento significativo no número de fetos com ossificação incompleta do esternébrio nos grupos expostos a 350 e 700 mg/kg, e aumento no número de fetos com presença de costela supranumerária no grupo de maior dose. Podemos concluir que o EACS não foi tóxico para as mães, porém comprometeu o desenvolvimento fetal, evidenciado por alterações esqueléticas, da distância anogenital, e peso corporal, especialmente da prole feminina. Estes efeitos podem ser resultantes da ação dos componentes químicos presentes no extrato, em especial, os flavonóides.
Resumo (inglês)
This study aimed to evaluate the maternal, embryotoxic and teratogenic effects of aqueous extract of Casearia sylvestris (AECS), a native species widely used in the treatment of several diseases, including diarrhea, wounds, pain and ulcer. Pregnant rats were daily treated with 0, 175, 350 or 700 mg/kg/body weight of EACS, from gestational day (GD) 6 to 15 (organogenesis period). No clinical signs of toxicity were observed in dams during the treatment. After the fertility test, a significant increase in the number of small for gestational age (SGA) female fetuses was observed in the intermediate and highest dose groups, and a decrease in the number of adequate for gestational age (AIG) female fetuses in the intermediate dose group. In addition, the relative anogenital distance measurement of female fetuses showed a significant increase in the lowest and intermediate dose groups. Although no visceral abnormalities were observed in the treated-fetuses, skeletal anomalies evidenced by changes in the ossification of the sternum and the presence of supernumerary ribs were found in the treated-groups. In conclusion, the treatment with EACS during organogenesis at this dose level is harmful for the normal development of fetuses, especially females.
Descrição
Palavras-chave
Casearia sylvestris, Plantas medicinais, Teratogenese, Toxicologia experimental
Idioma
Português