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Aspectos afetivos, cognitivos e volitivos da atitude alimentar

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Data

2024-02-22

Orientador

Campos, Juliana Alvares Duarte Bonini

Coorientador

Pós-graduação

Alimentos, Nutrição e Engenharia de Alimentos - IBILCE 33004153070P3

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Introdução: A atitude alimentar representa o relacionamento do indivíduo com sua alimentação e pode ser investigado a partir de aspectos afetivos que se referem à influência das emoções no processo alimentar, cognitivo, que envolve o processamento de informações (motivação, satisfação, percepção) no âmbito da alimentação e comportamentais/volitivos que abordam a predisposição ao consumo alimentar propriamente dito. Objetivos: i) avaliar o apetite emocional em três amostras de adultos brasileiros, obtidas antes e após o início da pandemia de COVID-19; ii) apresentar a versão em português e avaliar as propriedades psicométricas da Motivation for Dietary Self-control Scale (MDSC), da Satisfaction with Dietary Behavior Scale (SWDB) e da Dietary Goal-Desire Incongruence Scale (DG-DI) para amostra de adultos; iii) investigar a incongruência desejo-meta, motivação para autorregulação da ingestão alimentar e satisfação com o comportamento alimentar desses indivíduos de acordo com características amostrais; e iv) avaliar aspectos sociais e a autopercepção dos participantes de seus hábitos alimentares na pandemia de COVID-19. Métodos: Trata de estudo transversal. O apetite emocional foi investigado a partir do Emotional Appetite Questionnaire (EMAQ), aplicado antes (2019) e após início da pandemia (2020-2021). As escalas MDSC, SWDB e DG-DI foram utilizadas para investigação da motivação para autorregulação da ingestão alimentar, satisfação com o comportamento alimentar e incongruência desejo-meta na alimentação, respectivamente. Os instrumentos psicométricos passaram por adaptação transcultural e avaliação das evidências de validade e confiabilidade dos dados. O apetite emocional foi investigado com base no modelo circumplexo que considera valência e ativação das emoções. Os escores das escalas MDSC, SWDB e DG-DI foram comparados pelo teste t-Student ou Análise de Variância (ANOVA) a dois fatores, com pós-teste de Bonferroni (α=5%). A autopercepção dos hábitos alimentares foi investigada a partir de questão aberta, avaliada por análise de similitude. Resultados: A amostra foi composta por 323 adultos antes da pandemia (média de idade=19,7 [desvio-padrão(DP)=1,5] anos; 75,2% mulheres) e 1.921 adultos após seu início (média de idade=24,9 (DP=4,6) anos; 74,2% mulheres]. Emoções negativas e pouco ativadas (ex., deprimido, aborrecido) foram associadas à redução do consumo alimentar, enquanto emoções negativas e altamente ativadas (ex., ansiedade) foram relacionadas a seu aumento. Não houve diferença no apetite emocional antes e após o início da pandemia. Maior incongruência desejo-meta foi observada entre mulheres, praticantes de dietas, indivíduos com sobrepeso/obesidade e aqueles que avaliam a própria alimentação como ruim. Indivíduos que se alimentam acompanhados, não praticam dietas e não possuem excesso de peso apresentaram maior satisfação com seu comportamento alimentar. Durante a pandemia, os participantes relataram realizar as refeições em casa e perceberam impacto da ansiedade sobre sua alimentação. Indivíduos com sobrepeso/obesidade também relataram preocupação com o peso. Conclusões: os dados obtidos com os instrumentos foram válidos e confiáveis. O sexo, a prática de dietas, a autoavaliação da alimentação e o estado nutricional antropométrico foram relevantes para avaliação de aspectos afetivos e cognitivos da alimentação. Houve alterações percebidas nos hábitos alimentares das pessoas durante a pandemia, sendo relevante acompanhar essas no contexto pós-pandêmico.

Resumo (inglês)

Introduction: Eating attitude represents the individual's relationship with food and can be investigated from affective aspects that refer to the influence of emotions on the eating process, cognitive, which involves the processing of information (motivation, satisfaction, perception) in the context of food and behavioral/volitional that address the predisposition to food intake itself. Aims: i) to assess emotional appetite in three samples of Brazilian adults, with data collected before and after the beginning of the COVID-19 pandemic; ii) to present the Portuguese version and evaluate the psychometric properties of the Motivation for Dietary Self-control Scale (MDSC), the Satisfaction with Dietary Behavior Scale (SWDB) and the Dietary Goal-Desire Incongruence Scale (DG-DI) for a sample of adults; iii) to investigate the goal-desire incongruence, motivation for self-regulation of food intake and satisfaction with the eating behavior of these individuals according to sample characteristics; and iv) to evaluate social aspects and the participants' self-perception of their eating habits in the COVID-19 pandemic. Methods: This is a cross-sectional study. Emotional appetite was investigated using the Emotional Appetite Questionnaire (EMAQ), applied before (2019) and after the start of the pandemic (2020-2021). The MDSC, SWDB and DG-DI scales were used to investigate motivation for dietary self-control, satisfaction with eating behavior and goal-desire incongruence in eating, respectively. The psychometric instruments were cross-culturally adapted, and the evidence of data validity and reliability was inspected. Emotional appetite was investigated based on the circumplex model that considers valence and activation of emotions. The scores of the MDSC, SWDB and DG-DI scales were compared using the Student's t-test or two-factor analysis of variance (ANOVA), with Bonferroni post-test (α=5%). Self-perception of eating habits was investigated using an open-ended question, assessed by similarity analysis. Results: The sample consisted of 323 adults before the pandemic (mean age=19.7 [standard deviation(SD)=1.5] years; 75.2% women) and 1,921 adults after its onset (mean age=24.9 (SD=4.6) years; 74.2% women). Negative and low-activated emotions (e.g. depressed, bored) were associated with reduced food intake, while negative and highly activated emotions (e.g. anxiety) were related to increased intake. There was no difference in emotional appetite before and after the start of the pandemic. Greater goal-desire incongruence was observed among women, dieters, overweight/obese individuals, and those who rated their own diet as poor. Individuals who eat accompanied, do not practice diets and are not overweight showed greater satisfaction with their eating behavior. During the pandemic, participants reported eating at home and perceived the impact of anxiety on their diet. Overweight/obese individuals also reported worrying about their weight. Conclusions: the data obtained with the instruments were valid and reliable. Gender, dieting, self-rated eating habits and anthropometric nutritional status were relevant for assessing affective and cognitive aspects of eating. There were perceived changes in people's eating habits during the pandemic, and it is important to monitor these in the post-pandemic context.

Descrição

Idioma

Português

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