Imaginar rios

Abstract

Imaginar rios não é apenas uma elaboração poética sobre como nós, pessoas racializadas e dissidentes tentamos transformar o mundo que nos foi introjetado mas também um convite a imaginação de outros mundos possíveis, novas rotas de fuga, escapar, ir para trás para entender o que fazer lá na frente, reorganizar nossas moléculas para nos transformarmos em novos imaginários que até então diziam ser impossíveis para pessoas como nós, recriar a partir do lixo colonial e ir de encontro a beleza que nos foi roubada, revirar, tumultuar, desobedecer e retomar nosso espaço, nossa ancestralidade, nossos rios, montanhas, florestas, favelas, friccionar as placas tectônicas para destruir o esse mundo e encontrar novas nascentes de rios com outras rotas de fuga.

To imagine rivers is not only a poetic reflection on how we, racialized and dissident individuals, strive to transform the world that has been internalized within us, but also an invitation to envision other possible worlds—new escape routes, a journey backward to understand what lies ahead, a reorganization of our molecules to become new imaginaries that were deemed impossible for people like us. It is about recreating from colonial debris and moving toward the beauty that was stolen from us—turning things upside down, causing chaos, disobeying, and reclaiming our space, ancestry, rivers, mountains, forests, and favelas. It involves disrupting tectonic plates to dismantle this world and discover new river sources with alternative escape routes.