Finismundo a última viagem e o périplo haroldiano
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Data
2016-02-26
Autores
Orientador
Martha, Diana Junkes Bueno
Coorientador
Pós-graduação
Letras - IBILCE
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
O presente trabalho realiza uma leitura do poema Finismundo a última viagem (CAMPOS, 1990), do brasileiro Haroldo de Campos. Ocorre que, ao investigarmos os diálogos do poeta com a tradição literária, cuja influência é explicitamente citada no corpo do texto, e a (re)significação contemporânea do mito de Ulisses, empreendida por Haroldo de Campos por meio de uma leitura calcada na poética sincrônica, que atua na obra haroldiana como provocação ao leitor, que é desafiado a reler as obras clássicas no espaço contemporâneo de Finismundo; chamou-nos atenção o processo composicional do poema (estrutura com traços concretistas e utópicos), que se contrapõe à proposta apresentada pelo próprio Haroldo de Campos em Depoimentos de Oficina (2002), onde ele afirma ter imaginado Finismundo como poema “pós-utópico”. Dessa maneira, nossa proposta é investigar a composição do poema (atentando-nos à sua estrutura formal e, a nosso ver, utópica), associando-a ao estudo crítico publicado por Haroldo de Campos em 1997, Poesia e Modernidade: Da Morte do Verso à Constelação. O Poema Pós-Utópico, no qual ele afirma que não há mais espaço para as utopias, associando-o ainda ao texto Sobre Finismundo: A Última Viagem (1997). A nosso ver, Finismundo, o poema transgressor de formas, sincrônico, com traços concretistas, deixa entrever que talvez haja no mínimo uma contradição, posto que utopia e não-utopia são coexistentes no poema analisado.
Resumo (inglês)
This work performs a reading of the poem Finismundo the last voyage (CAMPOS, 1990), by the Brazilian Haroldo de Campos. It happens that, to investigate the poet dialogues with literary tradition, whose influence is explicitly mentioned in the text, and contemporary reinterpretation of Ulysses myth, undertaken by Haroldo de Campos, through a based reading on the synchronic poetic, engaged in haroldiana work as a provocation to the reader, who is challenged to re-read the classic works in Finismundo’s contemporary space; what called our attention was the compositional process of the poem (structure with concretists and Utopian features), which is opposed to the proposal by Haroldo de Campos himself in Workshop Testimonials (2002), where he claims to to have imagined Finismundo as a “post-utopian” põem. Thus, our proposal is to investigate the poem composition (paying attention to its formal structure and, in our view, utopian), associating it with the critical study by Haroldo de Campos in 1997, Poetry and Modernity: From the Back of Death the Constellation. The Post-Utopian poem, in which he states that there is no more place for utopias, associating it still with the text About Finismundo: The Last Journey (1997). In our view, Finismundo, the forms transgressor poem, synchronic, with concretists features, allows us to glimpse that there may be at least a contradiction, since utopia and non-utopia are coexisting in the analyzed poem.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português