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Brincadeiras e jogos indígenas na educação física escolar: uma análise a partir da perspectiva freiriana

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Data

2024-09-24

Orientador

Alves, Flávio Soares

Coorientador

Pós-graduação

Educação Física - FC/FCT

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta pesquisa é motivada pelas seguintes inquietações: De que maneira os povos indígenas e as relações com a construção de nossa sociedade são abordadas dentro das instituições escolares? Como abordar as brincadeiras e os jogos indígenas nas aulas de Educação Física de maneira crítica e decolonial? A Educação Física, engajada nas propostas curriculares, deve assumir um caráter formativo, com ações didático-pedagógicas que possam contribuir para a construção de um/a aluno/a crítico/a e transformador/a da sociedade. Conforme a legislação, o ensino da cultura indígena está assegurado pela Lei n°. 11.645/08, porém, a maneira que está sendo implementada esta lei é que julgamos importante enfatizar. Devemos lançar um olhar crítico e questionador sobre as narrativas que ouvimos em relação à formação de nossa sociedade, percebendo o lugar dos povos indígenas neste processo, e identificar como a disciplina de Educação Física, de maneira responsável e crítica, pode contribuir trazendo estas questões para as aulas. Diante disso, a presente pesquisa analisou uma proposta pedagógica envolvendo as brincadeiras e os jogos indígenas na Educação Física escolar a partir da perspectiva freiriana com um olhar decolonial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, dividida em três etapas, sendo, no primeiro momento, a construção de uma proposta pedagógica para o 4o ano do Ensino Fundamental 1, envolvendo as brincadeiras e os jogos indígenas, buscando recriá-los à luz da perspectiva crítica e decolonial, apontando caminhos possíveis acerca dessas manifestações culturais. Na segunda etapa, aconteceu o desenvolvimento da proposta de trabalho em uma escola municipal do interior paulista. Na terceira etapa, foram analisados os instrumentos de coleta, diários de campo, questionários iniciais e finais, os caderninhos dos/as alunos/as e as entrevistas com as famílias. Os dados coletados foram analisados a partir do método de categoria de codificação, no qual os códigos destacados foram agrupados a partir dos princípios freirianos que emergiram das ações, dando origem a três categorias de análise: “A potência do diálogo nas relações educativas”, “Na busca por inéditos viáveis” e “Sistema Escolar: construir, reconstruir, constatar para mudar”. A primeira categoria trouxe o diálogo como princípio indispensável para a prática pedagógica horizontalizada, reconhecendo a importância da pronúncia dos/as alunos/as na busca por processos humanizados. Por meio do diálogo inserido nas ações educativas, foi possível identificar as situações-limite e discutir outras formas de ver os processos históricos que fazem parte da construção de nossa sociedade, problematizando questões que foram dadas como únicas e verdadeiras, permitindo outras visões dos fatos. Na sequência, para alcançar os inéditos viáveis, percebemos também a presença fundamental do diálogo nos processos educativos na busca por um deslocamento da consciência ingênua para a consciência crítica. E, por fim, discorremos sobre os interesses que rondam os sistemas escolares e a importância de se perceber como docente transformador para realizar um agir nas entrelinhas vislumbrando a formação de pessoas críticas que possam exercer o seu direito de “ser mais” através de um ensino libertador.

Resumo (português)

This research is motivated by the following concerns: how are indigenous peoples and their relationships with the construction of our society addressed within schools? How can indigenous games and play be approached in Physical Education classes in a critical and decolonial manner? Physical Education, when engaged in curricular proposals, must assume a formative character, with didactic-pedagogical actions that can contribute to the development of a critical student who transforms society. According to the legislation, the teaching of indigenous culture is guaranteed by law 11.645/08; however, we believe it is important to emphasize the way in which this law is being implemented. We must take a critical and questioning look at the narratives we hear regarding the formation of our society, perceiving the place of indigenous peoples in this process, and identify how the Physical Education discipline, in a responsible and critical manner, can contribute by bringing these issues to the classroom. In view of this, this research analyzed a pedagogical proposal involving indigenous games and play in Physical Education at school from the Freirean perspective with a decolonial perspective. This is a qualitative research divided into 3 stages. The first stage involved the construction of a pedagogical proposal for the 4th year of elementary school 1 involving indigenous games and play, seeking to recreate them in light of the critical and decolonial perspective, pointing out possible paths regarding these cultural manifestations. In the second stage, the work proposal was developed in a municipal school in the interior of São Paulo. In the third stage, the collection instruments, field diaries, initial and final questionnaires, students' notebooks and interviews with families were analyzed. The collected data were analyzed using the coding category method, in which the highlighted codes were grouped based on Freirean principles that emerged from the actions, giving rise to three categories of analysis: “The power of dialogue in educational relationships”, “In the search for viable innovations” and “School System: building, rebuilding, verifying to change”. The first category brought dialogue as an indispensable principle for horizontal pedagogical practice, recognizing the importance of students’ opinions in the search for humanized processes. Through the dialogue inserted in the educational actions, it was possible to identify the limited situations and discuss other ways of seeing the historical processes that are part of the construction of our society, problematizing issues that were considered unique and true, allowing other views of the facts. Subsequently, in order to achieve viable innovations, we also perceived the fundamental presence of dialogue in the educational processes in the search for a shift from naive consciousness to critical consciousness. And finally, we discuss the interests that surround school systems and the importance of seeing oneself as a transformative teacher to act between the lines, envisioning the formation of critical people who can exercise their right to “be more” through liberating teaching.

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Português

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