Literatura de mulheres negras no Brasil: uma análise da obra de Carolina Maria de Jesus a partir da noção de cuidado de si

dc.contributor.advisorSouza, Luís Antônio Francisco de [UNESP]
dc.contributor.authorRocha, Gabriela de Cássia Savério [UNESP]
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2024-11-19T16:52:16Z
dc.date.available2024-11-19T16:52:16Z
dc.date.issued2024-09-20
dc.description.abstractA presente pesquisa, tem por objetivo a compreensão dos textos autobibliográficos de Carolina Maria de Jesus como formas de exercícios de si, através da escrita de si como meio de subjetivação para a resistência da violência de gênero, a partir do uso da leitura foucaultiana, como ferramenta para conceber a literatura como prática de si. Para a realização dessa análise duas questões serão norteadoras, a primeira: é possível ler uma obra literária como forma de resistência da violência? Será que uma leitura da noção de cuidado de si pode ajudar a iluminar esta questão? Com base nessas questões, a análise do cuidado de si é relacionada como uma prática ascética do sujeito sobre si, que tem como principal função ética e política o desassujeitamento do sujeito dos modos de dominação.pt
dc.description.abstractThe aim of this research is to understand the autobiographical texts of Carolina Maria de Jesus as forms of self-exercise, through the writing of the self as a means of subjectivation for the resistance of gender violence, based on the use of Foucauldian reading as a tool for conceiving literature as a practice of the self. In order to carry out this analysis, two questions will guide us: firstly, is it possible to read a literary work as a form of resistance to violence? Can a reading of the notion of self-care help to shed light on this question? Based on these questions, the analysis of self-care is related to the ascetic practice of the subject over the self, whose main ethical and political function is to disassociate the subject from modes of domination.en
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.description.sponsorshipIdCAPES: 001
dc.identifier.capes33004110042P8
dc.identifier.citationROCHA, Gabriela de Cássia Savério. Literatura de mulheres negras no Brasil: uma análise da obra de Carolina Maria de Jesus a partir da noção de cuidado de si. 2024. 145 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marília, 2024.pt
dc.identifier.lattes3440499997073848
dc.identifier.orcid0000-0001-8871-6449
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11449/258192
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso abertopt
dc.subjectViolência de gêneropt
dc.subjectInterseccionalidadept
dc.subjectCuidado de sipt
dc.subjectEscrevivência e subjetivaçãopt
dc.subjectGender violenceen
dc.subjectIntersectionalityen
dc.subjectSelf-careen
dc.subjectSelf-writing and subjectivationen
dc.titleLiteratura de mulheres negras no Brasil: uma análise da obra de Carolina Maria de Jesus a partir da noção de cuidado de sipt
dc.title.alternativeLiterature by black women in Brazil: an analysis of the work of Carolina Maria de Jesus from the notion of self-careen
dc.typeDissertação de mestradopt
dcterms.impactA presente pesquisa, tem seus pilares relacionados a raça, classe e gênero. Utilizando a literatura de mulheres negras no Brasil com enfoque nas Obras de Carolina Maria de Jesus, sendo as principais: “Quarto de Despejo: o diário de uma favelada” (1960) e “Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada” (1961). Sendo utilizado como lente analítica, das obras do cuidado de si, através da escrita de si como meio de subjetivação e resistência da violência de gênero. Sendo assim, o impacto pretendido na pesquisa é compreender as experiências de mulheres negras no Brasil. A análise tem o intuito de ampliar a compreensão sobre as interseccionalidades de raça, gênero e classe na vivência da violência. Ao reconhecer como mulheres negras enfrentam múltiplas formas de discriminação e opressão simultaneamente, aumentando sua vulnerabilidade à violência, também reconhecemos a falta de políticas públicas que contemplem esses corpos. Portanto, analisou-se os discursos que produzem “verdades” que são construídas acerca do gênero, “verdades” essas que permeiam os limites entre real e ficção permitindo assim a análise da representação dos seres e das coisas pela linguagem. Assim e por meio dos discursos que que são perpassados pelo poder biopolítico que se definem certos tipos de subjetividades e certos tipos de comportamentos que são sujeitados pelas redes de poder e saber, ou seja, as subjetividades estão atreladas a um saber produzido pelo biopoder e suas normas. Em meio aos jogos de poder que reproduzem as subjetividades, o cuidado de si emerge como um caminho de desassujeitamento, exercido por meio da escrita de si, configurando-se como uma forma de subjetivação frente à violência de gênero. Vemos a escrita como meio de uma prática laboral, uma escrita que tira o indivíduo da passividade, constituindo um corpo, transformando a coisa vista e ouvida, com um princípio de relação relacional e racional acerca da própria subjetivação. Contudo, aqui compreendemos os textos autobibliográficos de Carolina Maria de Jesus como formas de exercícios de si e meio de resistência da violência de gênero, onde a escrita se torna meio para o processo de subjetivação e prática de si.pt
dcterms.impactThis research is based on race, class and gender. Using the literature of black women in Brazil with a focus on the works of Carolina Maria de Jesus, the main ones being: “Quarto de Despejo: o diário de uma favelada” (1960) and “Casa de Alvenaria: diário de uma exfavelada” (1961). It is used as an analytical lens for self-care, through the writing of the self as a means of subjectivation and resistance to gender violence. Thus, the intended impact of the research is to understand the experiences of black women in Brazil. The analysis aims to broaden our understanding of the intersectionalities of race, gender and class in the experience of violence. By recognizing how black women face multiple forms of discrimination and oppression simultaneously, increasing their vulnerability to violence, we also recognize the lack of public policies that address these bodies. Therefore, we analyzed the discourses that produce “truths” that are constructed about gender, “truths” that permeate the boundaries between reality and fiction, thus allowing us to analyze the representation of beings and things through language. Thus, through the discourses that are permeated by biopolitical power, certain types of subjectivity and certain types of behavior are defined that are subjected to networks of power and knowledge, in other words, subjectivities are linked to knowledge produced by biopower and its norms. In the midst of the power games that reproduce subjectivities, self-care emerges as a way of de-subjectification, exercised through self-writing, configuring itself as a form of subjectivation in the face of gender violence. We see writing as a means of labor practice, writing that takes the individual out of passivity, constituting a body, transforming the thing seen and heard, with a principle of relational and rational relationship about one's own subjectivation. However, here we understand Carolina Maria de Jesus' autobiographical texts as forms of self-exercise and a means of resisting gender violence, where writing becomes a means for the process of subjectivation and the practice of the self.en
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, Maríliapt
unesp.embargoOnlinept
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramCiências Sociais - FFCpt
unesp.knowledgeAreaCiências sociaispt
unesp.researchAreaPensamento social, educação e políticas públicaspt

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