Avaliação nutricional e sua relação com a saúde e o bem estar de tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758)

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2024-08-26

Orientador

Melchert, Alessandra

Coorientador

Pós-graduação

Animais Selvagens - FMVZ

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O objetivo deste estudo foi avaliar a relação do manejo dietético sobre parâmetros físicos, clínicos e laboratoriais de tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla). Foram utilizados 43 animais, 21 de vida livre e 22 de zoológicos, com apoio do Instituto de Conservação de Animais Silvestres e zoológicos do estado de São Paulo. Foi realizada mensuração biométrica; avaliação clínica de saúde; ultrassonografia da gordura de pontos da superfície corporal e musculatura epaxial; colheita de sangue para hemograma, bioquímica sérica, dosagem de eletrólitos e minerais; e coleta de fezes para identificação da microbiota. A dieta oferecida em cativeiro e o conteúdo estomacal de animais mortos recuperados em vida livre foram encaminhados para análise bromatológica. A dieta artificial diferiu do conteúdo estomacal em energia bruta, matéria mineral, extrato etéreo e todos os minerais dosados. Os valores de hemácias, neutrófilos e monócitos foram maiores nos tamanduás cativos, e eosinófilos e basófilos foram maiores em vida livre. As dosagens séricas de albumina, alanina aminotransferase e creatinina foram mais elevadas em cativeiro, já globulina, nitrogênio ureico, cálcio e fosfatase alcalina foram maiores em vida livre. A análise biométrica e de condição corporal indicou que o peso, medidas de antebraço, tórax, abdômen, pescoço, fêmur, tíbia, úmero, e índices de condição corporal foram maiores nos animais de cativeiro. O escore de condição corporal teve boa correlação com a espessura da gordura subcutânea e circunferências de tórax e abdômen. Os tamanduás-bandeira selvagens apresentam condição corporal moderada e os cativos variaram de moderados a obesos, com acúmulo de gordura significativo na região do flanco e quadris. A diversidade da microbiota diferiu também entre animais cativos e selvagens, existindo maior abundância relativa de Ruminococcaceae, Streptococcaceae e Lachnospiraceae em vida livre; e Lachnospiraceae, Clostridiaceae 1 e Lactobacillaceae em cativeiro.

Resumo (inglês)

The aim of this study was to evaluate the relationship among dietary management and physical, physiological, clinical and laboratorial parameters of giant anteaters (Myrmecophaga tridactyla). Forty-three animals were used, 21 free-range and 22 zoo-kept, with the support of Wild Animal Conservation Institute and São Paulo state institutions. Were performed biometric measurements, clinical assessment (vital parameters), ultrasound of subcutaneous fat and epaxial muscle, blood sample collection for blood count, serum chemistry, electrolytes and minerals, and feces collection for microbiota characterization. The captive diet and stomach contents of wild anteaters were referred for bromatological analysis. The artificial diet differed from the stomach contents in gross energy, mineral matter, ether extract and all the minerals. Red blood cells, neutrophils and monocytes were higher in zoo-kept animals, and eosinophils and basophils in free-range animals. Serum dosages of albumin, alanine aminotransferase and creatinine were higher in captivity, while urea nitrogen, calcium and alkaline phosphatase were higher in wild anteaters. The biometric and body condition analysis showed that weight, condition indices and forearm, thorax, abdomen, neck, femur, tibia and humerus measurements were bigger in captive animals. Body condition score presented good correlation with subcutaneous fat thickness and thorax and abdomen circumferences. Wild anteaters had moderate body condition while zoo-kept ones were moderate to obese, with significant fat deposits at hips and flank. The microbiota diversity also differed between captive and wild animals, with higher relative abundance of Ruminococcaceae, Streptococcaceae and Lachnospiraceae in free-ranged; and Lachnospiraceae, Clostridiaceae 1 and Lactobacillaceae in captive animals.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados