Avaliação citogenotóxica de águas de covas de um cemitério inundadas por águas do lençol freático, e suas consequências para a saúde ambiental

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Data

2020

Orientador

Marin-Morales, Maria Aparecida
Gonçalves, Leticia Rocha

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Ciências Biológicas - IB

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Os cemitérios são uma tradição que ganhou força em muitas religiões e ainda se mantém em várias culturas. Porém, seus impactos ao meio ambiente podem afetar o solo e os recursos hídricos de todo o entorno do local. É estimado que um corpo com massa de 70 kg libere cerca de 30 a 45 L de necrochorume, sendo esse considerado a causa mais relevante de poluição das necrópoles, por ter na sua constituição aminas biogênicas potencialmente citotóxica e carcinogênicas, como a cadaverina e a putrescina. Um agravamento dessa poluição pode ser observado, quando os cemitérios são instalados em ambientes úmido, por interferirem na decomposição dos corpos, prevalecendo no cadáver a etapa de saponificação. Por consequência disso, há dificuldade em fazer uso da mesma sepultura e os corpos podem tornar-se, por tempo, geradores de impactos imbientais. Exposições contínuas a substâncias citotóxicas e genotóxicas podem causar lesões tanto no citoplasma como no núcleo célular e, por essa razão, existe uma grande necessidade de se avaliar os possíveis impacto que cemitérios inadequadamente instalados possam promover ao meio ambiente, bem como os riscos à saúde ambiental. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, por meio de bioensaios realizados com os bioindicadores vegetais, L. sativa e A. cepa, a fitotoxicidade, citogenotoxicidade e mutagenicidade da água presente em sepulturas inundadas pelo lençol freático do cemitério municipal São João Batista, da cidade de Leme-SP. Foram estudados dois tipos de sepulturas: uma que sofre inundação por toda a área da cova, onde a água está em contato com o corpo saponificado (P1); e outra na qual a água está presente mas não está em contato com o corpo saponificado (P2). As coletas das águas do P1 e do P2 foram realizadas na estação chuvosa. Não foram observadas neste estudo alterações que caracterizassem cito, geno e mutagenicidade das amostras, provavelmente pelos altos índices pluviométricos do período, que diluíram a concentração dos agentes poluidoras. Porém, pela prevalência do processo de saponificação, há mais de 12 anos, já se evidencia um grande impacto na decomposição dos corpos e problemas de ordem ecotoxicológicas, que possam estar sendo gerados no local.

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Idioma

Português

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