Publicação:
O grotesco feminino como subversão na obra de Flannery O'Connor

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-08-04

Orientador

Rapucci, Cleide Antonia

Coorientador

Pós-graduação

Letras - FCLAS

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Embora muito discutida nos Estados Unidos, a obra de Flannery O'Connor (1925-1964) ainda é pouco estudada pela crítica feminista, pois é considerada como conservadora e alinhada aos padrões dominantes. Esta tese, no entanto, demonstra como o carnaval e o grotesco se articulam na obra de Flannery O'Connor tornando-a espaço de insurreição e contraprodução cultural, ao exibir corpos e comportamentos femininos extraordinários e ao questionar as fronteiras socialmente estabelecidas entre o "masculino" e o "feminino". Para isso, tomamos por base as obras de Hugo (s/d), Kayser (2013) e Bakhtin (2013) sobre o grotesco, além das obras de Russo (2000) e Yaeger (2000) sobre o grotesco feminino e a literatura de autoria feminina do sul dos Estados Unidos. Assim, este trabalho aprofunda os estudos sobre o grotesco feminino na obra de O'Connor, analisando toda a sua obra ficcional (romances e contos) dialogando com obras recentes sobre o tema e ressignificando o potencial subversivo da obra da autora. As personagens femininas de O’Connor são rebaixamentos do ideal de feminilidade sulista, que as oprime e limita. Algumas personagens tentam aproximar-se de tal ideal, sem sucesso, enquanto outras revoltam-se abertamente contra ele, mas, ao final, a obra da autora comprova que o patriarcado e sua forma de organização da sociedade não são suficientes para garantir a integridade física e psicológica das mulheres.

Resumo (inglês)

Despite being widely discussed in the United States, Flannery O'Connor's (1925-1964) work is still little studied by the feminist criticism since it has been considered conservative and aligned to the dominant standards. This dissertation, however, demonstrates how the carnival and the grotesque articulate in Flannery O'Connor's work making it a space of subversion and cultural counter-production, by exhibiting extraordinary female bodies and behaviors and by questioning the socially established frontiers between masculine and feminine. In order to do that, the study is based on the works of Hugo (s/d), Kayser (2013) and Bakhtin (2013) about the grotesque, in addition to the works of Russo (2000) and Yaeger (2000) about the female grotesque and female authorship in the American South. Therefore, this work deepens the studies about the female grotesque in O'Connor's works, analyzing all her fictional work (novels and short stories) by establishing a dialogue with recent works about the subject and attributing new meaning to the subversive potential of the author's work. O'Connor's female characters are degraded from the southern femininity ideal, which overwhelms and limits them. Some characters try to approach such an ideal, without success, while others openly revolt against it, but in the end, the author's work proves that patriarchy and its form of organization of society are not enough to guarantee the physical and psychological integrity of women.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados

Unidades

Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação