Geografia das ocupações escolares: do território-empresa às formas de resistência à neoliberalização do espaço escolar
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Data
Autores
Orientador
Paula, Ricardo Pires de 

Coorientador
Pós-graduação
Geografia - FCT
Curso de graduação
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A Geografia das ocupações escolares: do território-empresa às formas de resistência à neoliberalização do espaço escolar e as maneiras de resistir à neoliberalização do espaço escolar sugere uma investigação profunda sobre como as ocupações escolares estão interligadas à Geografia, explorando o conceito de território no contexto da invasão do neoliberalismo nos espaços escolares e suas influências, assim como dos territórios que nascem das experiências de ocupação. Além disso, enfatizamos as diferentes formas de resistência que surgem em resposta ao processo de neoliberalização com as ocupações, que implicam uma reconfiguração dos espaços educacionais, que envolveu a mercantilização e a variadas formas de precarização. A análise pretende abordar como essas dinâmicas alteram as práticas educativas e a luta por um espaço escolar que preserva outros valores além da esfera da mercantilização. A premissa do estudo é que os variados movimentos dos secundaristas com as ocupações escolares em escala nacional possam ser vistos como resistências à destruição do sistema público de ensino, promovida por agentes públicos, em consonância a uma agenda de reforma empresarial na educação. Isso tem colaborado para a construção nas escolas de um espaço de dominação impessoal ligado à formação de um território material/imaterial de corporificação de saberes e práticas mercadológicas nas escolas públicas. Portanto, através de uma territorialização da razão neoliberal vai se construindo nesses espaços de socialização a materialização de interesses privatistas lançando-se cada vez mais para uma captura da subjetividade a construção do sujeito neoliberal. Entretanto, os estudantes utilizaram-se das ocupações como forma de resistência contrária à territorialização do capital nas escolas públicas. Apesar de as ocupações surgirem como uma demanda por mudanças no campo da educação é possível perceber que diferentes respostas conservadoras foram dadas aos movimentos ocorridos, como a militarização e a Reforma do Ensino Médio. Assim, as ocupações têm se apresentado ainda como um momento crucial do atual debate sobre a educação no país.
Resumo (inglês)
Geography of school occupations: from the territory of companies, forms of resistance to the neoliberalization of school space and ways of resisting the neoliberalization of school space suggests an in-depth investigation into how school occupations are interconnected with Geography, exploring the concept of territory in the context of the invasion of neoliberalism in school spaces and its influences, as well as the territories that are born from occupation experiences. In addition, we emphasize the different forms of resistance that emerge in response to the process of neoliberalization with the occupations, which imply a reconfiguration of educational spaces, involving commodification and various forms of precariousness. The analysis aims to address how these dynamics alter educational practices and the struggle for a school space that preserves values other than the sphere of commercialization. The premise of the study is that the varied movements of secondary school students with school occupations on a national scale can be seen as resistance to the destruction of the public education system, promoted by public agents, in line with a business reform agenda in education. This has contributed to the construction in schools of a space of impersonal domination linked to the formation of a material/immaterial territory for the embodiment of market knowledge and practices in public schools. Therefore, through a territorialization of neoliberal reason, the materialization of privatist interests is being built in these spaces of socialization, increasingly launching into a capture of subjectivity and the construction of the neoliberal subject. However, the students used the occupations as a form of resistance against the territorialization of capital in public schools. Although the occupations emerged as a demand for changes in the field of education, it is possible to see that different conservative responses were given to the movements, such as militarization and the High School Reform. Thus, the occupations are still a crucial moment in the current debate on education in the country.
Descrição
Palavras-chave
Ocupações de escolas, Movimentos socioespaciais, Território-empresa, Território corporativo escolar, Neoliberalismo, Escola Pública, Geografia da educação, Secundaristas, School occupations, Socio-spatial movement, Company territory, School corporate territory, Neoliberalism, Public school, Geography of education, High school students
Idioma
Português
Citação
QUEIROZ, William Fernando Camilo. Geografia das ocupações escolares: do território-empresa às formas de resistência à neoliberalização do espaço escolar. Orientador: Ricardo Pires de Paula. 2025. 228 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2025.